América do Sul

Esquerda e direita disputam eleição do Equador; risco de fraude ronda o segundo turno

No próximo domingo (11), país definirá o novo presidente entre o progressista Andrés Arauz e o banqueiro Guillermo Lasso

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Arauz e Lasso disputam o eleitorado do pleito marcado para este domingo (11) - Reprodução /Montagem

O Equador realiza neste domingo (11) o segundo turno das eleições presidenciais. Na disputa estão o candidato progressista Andrés Arauz e o banqueiro Guillermo Lasso. As últimas pesquisas de intenção de voto demonstram uma disputada acirrada, além disso há denúncias e suspeitas de fraudes dos resultados.

O encerramento das campanhas ocorreu nessa quinta-feira. Arauz liderou um ato com apoiadores aqui na capital, Quito. Enquanto Lasso finalizou a campanha na cidade de Guayaquil, a segunda mais populosa do país.

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As últimas pesquisas de intenção de voto apontam vitória de Andrés Arauz com 34%. Já Guillermo Lasso possui 27%. No entanto, há outros levantamentos que indicam um cenário inverso, com a vitória do candidato de direita e com a esquerda saindo derrotada. A disputa apertada entre os candidatos levanta incertezas sobre o que pode acontecer no domingo.

Segundo reportagem do jornal Página 12, que ouviu uma fonte da diretoria do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), um plano de tentativa de fraude eleitoral estaria sendo executado no país. A suposta manobra estaria sendo prepara pelo candidato Guillermo Lasso e por Jaime Nebot, líder do Partido Social Cristão.

Os dois estariam em contato com conselheiros do CNE que executariam diferentes ações em províncias, como mudar diretores, pessoal técnico e sugerir nomes de aliados de Lasso como funcionários em lugares-chave do processo eleitoral.

A fraude se daria por duas vias: nas mesas de votação e nos centros de digitalização. O primeiro caso durante o dia de votação e o segundo no momento da recontagem dos votos.

"Podem modificar de 1,3 a 1,5 milhões de votos" com a combinação de diferentes mecanismos de fraude, explica a fonte, que optou por não se identificar por medo de represálias.

 

Edição: Vivian Fernandes