Faltam apenas quatro dias para que os equatorianos decidam quem será o novo presidente do país. Andrés Araúz, da União pela Esperança, lidera todas as pesquisas de opinião com 34% a 37% das intenções de voto, já o banqueiro Guillermo Lasso, do aliança Creo, acumula de 27% a 30%.
Nos últimos dias, o candidato de esquerda recebeu apoio do presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), do Conselho de Povos e Organizações Indígenas Evangélicas (Feine) e de 65 organizações que compõem o coletivo "Frente ao Ambiente".
Por outro lado, cerca de 20% do eleitorado ainda não decidiu quem irá escolher no próximo domingo. Para buscar esse voto, os dois candidatos percorrem o país, que agora possui oito das suas 24 regiões em estado de exceção por conta da pandemia de coronavírus.
O país registra 337 mil infectados e 16.987 falecidos pela doença. O número de hospitalizados duplicou no primeiro trimestre de 2021, depois que foram identificados os primeiros contágios com as variantes britânica e nova-iorquina.
Enquanto isso, somente 283 mil equatorianos foram imunizados, depois de um escândalo de desvio de vacinas, que levou à renúncia do ministro de saúde.
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Na última quinta-feira (1), o presidente Lenin Moreno determinou estado de exceção por um mês nas províncias de Azuay, El Oro, Esmeraldas, Guayas, Loja, Manabí, Pichincha e Santo Domingo de Tsáchilas, e toque de recolher das 20h às 5h, durante os dias 2 a 9 de abril.
A medida foi uma sugestão do Comitê de Operações de Emergência Nacional (COE), no entanto, não altera o calendário eleitoral.
"Fomos o primeiro país da região a realizar eleições num contexto de pandemia em 2021 e mantivemos níveis históricos de participação, cerca de 80%. O estado de exceção não implica em suspender ou mudar a data do segundo turno", afirmou a presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint.
As atividades são permitidas até quinta-feira (8), quando serão realizados os encerramentos de campanha. Lasso realizará um comício na sua cidade natal, Guayaquil. Enquanto Arauz deve novamente finalizar sua campanha com um ato na capital, Quito.
No Equador, assim como no Brasil, o voto é obrigatório. O não comparecimento pode gerar multa de US$ 40 (R$ 220).
No dia 1º de abril foi realizada uma simulação do pleito para a estimular a participação e tirar dúvidas sobre as medidas sanitárias adotadas.
Inicia la presentación del protocolo de bioseguridad entre las autoridades del @cnegobec, @RegistroCivilec y @FFAAECUADOR para las elecciones de segunda vuelta @teleSURtv pic.twitter.com/OEKclEcUjs
— Denisse Herrera (@denisseteleSUR) April 6, 2021
Nesta terça-feira (6), já haviam sido distribuídos material eleitoral aos colégios regionais e 73% das urnas. Um operativo com 37 mil militares das Forças Armadas ajudará na segurança e logística do pleito.
Para vencer o segundo turno, o candidato deve obter mais que 50% da votação ou 40% dos votos com uma diferença de dez pontos percentuais em relação a seu oponente. Segundo o calendário eleitoral, o novo chefe de Estado assume no dia 24 de maio.
Ambos partidos irão dispor de fiscais próprios para acompanhar o dia de votação. Arauz já anunciou 38 mil voluntários no CNE, enquanto Lasso assegura que conseguirá 40 mil fiscais.
Edição: Leandro Melito