O governo argentino de Javier Milei decidiu, nesta quinta-feira (22), fechar o Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi), informou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, em coletiva de imprensa.
"Foi tomada a decisão de avançar com o desmantelamento de institutos que não servem absolutamente para nada, como o Inadi", disse Adorni ao enquadrar o fechamento da organização no plano de redução do Estado do presidente ultraliberal, Javier Milei.
O porta-voz do governo Milei questionou ainda a "idoneidade" daqueles que conduzem determinados institutos governamentais e considerou que são "caixas políticas ou lugares para gerar empregos militantes".
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Criado em 1995 pela Lei de Atos Discriminatórios (24.515), o Inadi é um órgão descentralizado do governo ligado ao Ministério da Justiça e Direitos Humanos argentina e tem como objetivo a elaboração de políticas nacionais para combater “toda forma de discriminação, xenofobia e racismo”.
O órgão, com escritórios em todo território nacional e com 400 funcionários, recebe em média 2.500 denúncias de discriminação por ano, segundo seu último relatório. A maioria vem da área trabalhista ou educacional e se dá por deficiência física, orientação sexual ou gênero.
Em novembro de 2023, o Inadi lançou um novo canal de comunicação para denúncias via Whatsapp, que permitia que a população solicitasse assessoria diante de situações de discriminação e solicitasse informações sobre as capacitações oferecidas pelo órgão.
Desde que assumiu em 10 de dezembro, o presidente ultraliberal despediu 30 mil funcionários do Estado e não renovou outros 10 mil contratos, além de paralisar as obras públicas financiadas pela administração federal em todo país com o objetivo de diminuir os gastos públicos.
Edição: Rodrigo Durão Coelho