Representantes das principais centrais sindicais do país realizam ato na próxima terça-feira (21) contra os juros altos. Os sindicalistas vão se reunir junto à sede do Banco Central (BC) em São Paulo, na Avenida Paulista, para chamar atenção da população sobre as consequências das taxas vigentes no país.
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A discussão sobre a alta dos juros ganhou força nos últimos meses, e se tornou ponto de embate entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o BC, entidade que teve a "autonomia" aprovada em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
"Concordamos com o presidente Lula. É um absurdo, hoje, o Brasil ter os maiores juros do mundo. É uma coisa inadmissível num país que está passando por um processo de voltar a crescer, se desenvolver. Isso impede investimento, que a gente volte a patamares mínimos de investimento e desenvolvimento", aponta o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
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Com a Selic atualmente em 13,75% anuais, o ato da próxima terça-feira pretende ser mais um instrumento de pressão junto ao BC para baixar a taxa. O grupo vai distribuir centenas de quilos de sardinha. O peixe já foi usado em outros atos das centrais.
"Já fizemos diversos movimentos, até dentro do [primeiro] governo Lula, 2003, 2004, 2005, a taxa também era alta. A sardinha é o contraponto ao tubarão, que representa os banqueiros, os rentistas. A sardinha é o povão. É uma simbologia", explica o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
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Além da mobilização na capital paulista, as centrais pretendem realizar atos também junto a outras sedes do BC, e até mesmo em cidades onde o banco não tem representação. Serão distribuídos panfletos informativos para aproximar cidadãos desse debate.
"A ideia da manifestação é fazer chegar aos trabalhadores, à população em geral, a importância desse tema. Estaremos com materiais explicando os motivos e porque necessitamos de uma Taxa Selic compatível com nossa realidade.
Edição: Rodrigo Durão Coelho