O conselho político da pré-campanha do ex-presidente Lula se reúne na manhã desta segunda-feira (11) em meio à escalada da violência política no país. A reunião, na qual estarão presentes representantes de PT, PC do B, PSB, PSOL, PV, Rede e Solidariedade, já estava agendada, mas agora terá como tema principal a segurança na pré-campanha.
O senador Randolfe Rodrigues (AP), representante da Rede Sustentabilidade no conselho, escreveu em seu perfil no Twitter que irá propor uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a fim de "responsabilizar Jair Bolsonaro por discursos de ódio e incitação à violência". "As instituições, candidatos e partidos comprometidos com a democracia têm a obrigação de reagir ao avançar da barbárie bolsonarista", escreveu.
Na madrugada deste domingo (10), o militante petista Marcelo Aloizio de Arruda foi morto a tiros, em Foz do Iguaçu (PR), pelo agente penal Jorge José da Rocha Guaranho, que é explícito apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), como deixa claro em suas redes sociais.
Na semana passada, uma bomba caseira explodiu durante um ato de Lula e apoiadores, na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. A explosão ocorreu antes da chegada do petista e ninguém ficou ferido. A bomba foi lançada por um "homem infiltrado no ato", segundo a Polícia Militar do Rio, na área cercada pelo palco. O responsável foi autuado em flagrante por crime de explosão e conduzido à delegacia, onde confessou ter lançado o explosivo.
No mesmo dia, o juiz que decretou a prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, Renato Borelli, foi alvo de um ataque enquanto saía de casa em direção ao trabalho, em Brasília. Seu carro foi atingido por fezes de animais, ovos e terra. Apesar de o material ter sido arremessado contra o para-brisa, Borelli conseguiu dirigir até um lugar seguro. O juiz não se feriu.
Gleisi Hoffmann comparece a velório
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) esteve presente no velório do militante petista Marcelo Aloizio de Arruda, no Ginásio Sebastião Flor, em Foz do Iguaçu (PR). Arruda era tesoureiro do PT, sigla à qual era filiado há 10 anos e pela qual concorreu a vereador e a vice-prefeito.
Em nota, o PT alertou para a "escalada de perseguição a parlamentares, filiados e filiadas, militantes de movimentos sociais e de outros partidos de esquerda e o crescimento da violência política no país". O partido escreveu que, "embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos".
Nas redes sociais, o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho tem publicações com demonstração de apoio contumaz ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele se apresenta como conservador, cristão e a favor de armas.
Em uma foto publicada em 2018, ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, Guaranho escreveu "obrigado pelo apoio". No mesmo ano, publicou uma foto sua com a legenda "eu sou o caixa 2 de Bolsonaro".
Rodrigo será dividido entre Tebet e Bivar
A pré-candidata à Presidência pelo MDB, a senadora Simone Tebet, afirmou que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) também irá apoiar o pré-candidato pelo União Brasil Luciano Bivar. Durante evento no bairro da Liberdade, na capital paulista, Tebet também cobrou espaço no palanque do tucano.
No sábado, durante um evento entre o União Brasil e o PSDB, a sigla de Luciano Bivar selou apoio à reeleição de Garcia no estado paulista. O MDB, no entanto, também está na coligação e deve indicar o vice de Rodrigo Garcia. O União Brasil terá a prerrogativa de indicar o candidato ao Senado. Com o rearranjo, Garcia terá de dividir o palanque entre Tebet e Bivar.
Edição: Nicolau Soares