O conflito entre Rússia e Ucrânia entra no 31º dia, neste sábado (26), com o primeiro encontro presencial entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e representantes ucranianos. Na quinta-feira (24), o Brasil de Fato publicou um balanço do primeiro mês da ofensiva russa, com as motivações e o contexto.
O início do segundo mês do conflito marca o que os russos consideram o fim da "primeira fase" da guerra. A partir de agora, segundo a Rússia, o foco das tropas será nas regiões separatistas de Donbass, apesar do cerco a Kiev e da continuidade dos relatos de bombardeios em Mariupol.
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Os dois países seguem discordando sobre os resultados da ofensiva russa. Em pronunciamento, o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, falou que mais de 16.000 russos foram mortos, incluindo comandantes. A Rússia diz que 1.351 soldados morreram em combate.
Biden: primeira reunião com Ucrânia
Na manhã deste sábado, Joe Biden esteve reunido com dois ministros do governo ucraniano, dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, durante a visita a Varsóvia, na Polônia.
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O território polonês é o principal destino dos refugiados que saem da Ucrânia. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que o país recebeu 2,2 milhões das 3,7 milhões pessoas que deixaram a Ucrânia desde o início do conflito.
A reunião foi o primeiro encontro de Joe Biden com representantes do governo ucraniano desde o início da guerra. Também estiveram presentes o secretário norte-americano da Defesa, Llyod Austin, e o secretário de Estado, Antony Blinken.
"Os quatro ministros discutiram os resultados da cúpula extraordinária da Otan de 24 de março, em Bruxelas, e o compromisso inabalável dos Estados Unidos para com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.
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Rússia: foco em regiões separatistas
O Ministério da Defesa russo afirmou que a primeira fase de sua “operação militar especial” na Ucrânia está praticamente concluída, em comunicado na sexta-feira (25).
O chefe da Direção Operacional Principal do Estado-Maior das Forças Armadas, Sergey Rudskoy, disse que o foco do Kremlin na nova etapa é “libertar” completamente as regiões separatistas Lugansk e Donetsk, em Donbass.
O reconhecimento da autonomia das autoproclamadas repúblicas, ambas de maioria étnica russa, é uma das exigências de Moscou para um cessar-fogo. "As Forças Armadas russas se concentrarão na completa liberação do Donbass", diz uma nota do Ministério da Defesa da Rússia.
Edição: Raquel Setz