O diplomata André Aranha Corrêa do Lago, o atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, será o presidente da COP30, a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas, que ocorre em novembro deste ano, em Belém (PA). A secretária de Mudança do Clima no Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, será a diretora-executiva.
"É uma honra imensa. Acredito que o Brasil pode ter um papel incrível nessa COP. A gente vai ter que construir todos juntos, além do governo, a sociedade civil, o empresariado", afirmou o diplomata após ser anunciado para o cargo.
Como presidente da COP, Lago ficará responsável por facilitar e mediar os distintos posicionamentos que estarão na conferência. Agora, o Brasil deve iniciar a organização das lideranças responsáveis pelas negociações entre os países.
O encontro deste ano deve ser um dos mais difíceis. O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, uma das principais economias do mundo, foi convidado. Ainda não se sabe, no entanto, se o republicano participará. Assim que tomou posse, Trump assinou a saída do país do Acordo de Paris.
Lago já foi diretor do Departamento de Energia (2008-2011) e do Departamento de Meio Ambiente (2011-2013). Nesse último período, o diplomata também foi o negociador-chefe do Brasil para mudança do clima (2011-2013) e para a Rio+20 (2011-2012).
Nos anos seguintes, o presidente da COP30 foi embaixador no Japão (2013-2018), na Índia (2018-2023) e, cumulativamente, no Butão (2019-2023). Depois, ele assumiu o cargo de secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores. O neto do diplomata Oswaldo Aranha trabalha na pasta à frente das negociações ambientais brasileiras em reuniões internacionais.
A formação do diplomata é em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, faculdade concluída em 1981. No ano seguinte, Lago já começou a carreira diplomática.
Edição: Martina Medina
