O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cancelou reuniões, sessões solenes e discussões nas comissões desta semana para dar seguimento às votações e negociações da agenda econômica, sobretudo tributária. O depoimento do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), previsto para esta terça-feira (4) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 Janeiro foi adiado para o próximo 11 de julho.
“Reforma tributária, Carf [Conselho Administrativo de Recursos Fiscais] e arcabouço fiscal são prioridades na discussão da Câmara dos Deputados. As bancadas e as frentes parlamentares se dedicarão ao debate dessas três pautas para que até o final tenhamos aprovado as matérias. É chegada a hora de darmos um salto e aprovarmos uma nova legislação tributária que o Brasil merece”, disse Lira em sua conta no Twitter. "Estamos aguardando o quórum adequado para colocar em votação.”
Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição, a reforma tributária deve ser aprovada em dois turnos de votação por 3/5 dos deputados.
::Entenda a proposta de Reforma Tributária que será votada na Câmara::
A expectativa é tratar desses temas até o fim desta semana, devido ao recesso parlamentar que inicia em 18 de julho e deve terminar em 1º de agosto. Mauro Cid será ouvido na última semana da atividade dos deputados e senadores antes das férias.
Cid deve explicar as trocas de mensagens encontradas em seu celular pela Polícia Federal (PF) que sugerem um golpe de Estado após as eleições presidenciais do ano passado que deram a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além das conversas entre oficiais do Exército e reservistas sobre o papel das Forças Armadas contra o resultado do pleito, foi encontrada a minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que poderia embasar um golpe.
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Edição: Vivian Virissimo