Nesta segunda-feira (6), quatro anos após a invasão do Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos certificou a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais do ano passado, consagrando seu retorno à Casa Branca.
Em 6 de janeiro de 2021, centenas de apoiadores do republicano invadiram o Capitólio, em Washington, para impedir a ratificação da eleição do democrata Joe Biden à Presidência.
"O Congresso certifica hoje nossa grande vitória eleitoral: um grande momento na história" do país, expressou nesta segunda-feira o presidente eleito na sua plataforma Truth Social, publicando poucos minutos depois uma foto de uma multidão de apoiadores reunidos em Washington naquela data.
No começo de dezembro, Trump prometeu examinar desde seu "primeiro dia" no cargo a possibilidade de indultar os agressores de 6 de janeiro.
A certificação é uma formalidade tradicional antes da posse oficial do presidente eleito, em 20 de janeiro. Coube a Kamala Harris, adversária democrata de Trump nas eleições de novembro, chefiar a cerimônia na qualidade de vice-presidente. Em frente a ela na Câmara, sentando na primeira fila, estava, sorridente, seu sucessor, o republicano J.D. Vance.
Em 2021, este papel esteve no centro das reclamações de Trump. O bilionário, que depois repetiu, sem apresentar provas, que foi "roubado" nas eleições do ano anterior, instou seu vice-presidente Mike Pence a se negar a certificar a vitória de Biden.
Invasão do Capitólio
Em um discurso em frente à Casa Branca, na manhã de 6 de janeiro de 2021, Trump conclamou seus seguidores a lutarem "como o diabo", pouco antes de milhares deles marcharem rumo ao Capitólio. Os invasores agrediram com barras de ferro policiais sobrecarregados, quebraram vidraças antes de entrar no prédio e muitos gritavam: "Enforquem Mike Pence".
Nesse dia, quatro pessoas morreram em meio à multidão, duas delas por ataque cardíaco e outra por uma possível overdose. A última, Ashli Babbitt, foi morta por um policial quando tentava entrar à força na Câmara dos Representantes.
Donald Trump acompanhou os incidentes pela televisão de dentro da Casa Branca e só pediu calma depois de várias horas. Biden, por fim, foi certificado como presidente.
*Com AFP
Edição: Leandro Melito