*Atualizada às 15h44
Pelo menos uma pessoa morreu e sete ficaram feridas na última quarta-feira (1) em Las Vegas após a explosão de um carro da marca Tesla, o Cybertruck, em frente a um hotel que pertence ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
O veículo elétrico parou em frente à entrada do Trump International Hotel, conhecido como Trump Tower, antes de ocorrer uma "grande explosão", declarou o xerife de Las Vegas, Kevin McMahill, à imprensa.
O motorista do veículo foi identificado pelas autoridades policiais como Matthew Alan Livelsberger, soldado ativo das Forças Especiais de Inteligência dos EUA que servia na Alemanha, mas estava de férias no estado do Colorado. O homem tinha um ferimento a bala na cabeça, informaram as autoridades nesta quinta-feira (2).
"Descobrimos através do departamento forense que o indivíduo havia sofrido um ferimento a bala na cabeça antes da detonação do veículo", declarou a jornalistas o xerife de Las Vegas, Kevin McMahill, sugerindo que o suspeito poderia ter se suicidado antes da explosão.
Parentes confirmaram à rede de televisão do país CBS News que o homem de 37 anos alugou o Cybertruck e que sua esposa não tinha contato com ele há vários dias.
Um vídeo mostra a caminhonete de aço inoxidável estacionada na entrada do hotel antes de ser consumida por chamas, seguidas de pequenas explosões semelhantes a fogos de artifício. O xerife também relatou que havia "uma pessoa falecida no interior" do veículo e que sete pessoas sofreram ferimentos leves. A polícia informou que ainda investiga a causa da explosão.
O dono da Tesla, Elon Musk, disse que a explosão foi "causada por fogos de artifícios muito grandes e/ou uma bomba", na caçamba do Cybertruck, acrescentando que "não está relacionada ao veículo por si só". Mais cedo, Musk declarou que "todo o time sênior da Tesla está investigando o caso neste momento" e que "nunca vimos algo assim antes".
Musk, que apoiou a campanha de Trump à presidência e foi indicado para liderar uma comissão de redução de gastos governamentais, disse que publicará mais detalhes "assim que soubermos algo".
O presidente Joe Biden foi informado sobre a explosão e instruiu sua equipe a oferecer qualquer assistência federal necessária, informou a Casa Branca.
Mais cedo, Biden também foi informado sobre um atropelamento em Nova Orleans que deixou pelo menos 15 pessoas mortas nesta quarta-feira. Ele declarou que as autoridades também investigam se os ataques em Nova Orleans e na Trump Tower possuem alguma relação entre si, mas apontaram que ainda não há nenhuma conexão explícita entre os dois casos.
O agente do FBI Jeremy Schwartz descreveu o incidente em Las Vegas como "isolado". "Não achamos que haja muitas pessoas apoiando ou ajudando nisso", disse Schwartz.
Ele acrescentou que a força-tarefa conjunta antiterrorismo do FBI estava conduzindo uma investigação com dois objetivos principais: confirmar a identidade do sujeito envolvido neste incidente e determinar "se foi ou não um ato de terrorismo".
Atropelamento em Nova Orleans
Um veículo com a bandeira do Estado Islâmico matou 15 pessoas e deixou outras 30 feridas ao atropelar uma multidão a poucas horas do dia 1º de janeiro, em um distrito turístico da cidade de Nova Orleans, no estado da Luisiana, nos Estados Unidos.
Segundo o FBI, o cidadão estadunidense Shamsud-din Jabbar, de 42 anos, natural do estado do Texas, dirigiu uma caminhonete em direção à multidão da Bourbon Street.
Após o atropelamento, o homem saiu do carro e disparou contra os policiais que estavam no local e atingiu mais duas pessoas, antes de ser morto a tiros.
Além disso, dois dispositivos explosivos improvisados foram plantados em ruas próximas do local do atropelamento, mas não detonaram, de acordo com informações divulgadas para fontes da polícia responsáveis pela investigação.
*Com The Guardian e AFP
Edição: Lucas Estanislau