Em seu discurso de vitória, o prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), exaltou o governador do estado Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu principal aliado na campanha dessa eleição, mas deixou o seu vice-prefeito, o coronel da Polícia Militar Ricardo Mello Araújo, em segundo plano.
No palco montado para a comemoração, Mello Araújo ficou posicionado atrás do deputado federal e presidente do MDB, Baleia Rossi, que, por sua vez, ficou atrás de Ricardo Nunes e da primeira-dama paulistana Regina Carnovale Nunes. A comemoração ocorreu no Clube Banespa, na zona sul da capital paulista.
O prefeito classificou Tarcísio como o "líder maior" sem o qual a "vitória não seria possível". "O meu amigo que me deu a mão na hora mais difícil, o governador Tarcísio de Freitas. Eu tenho certeza de que esse é o sentimento de cada um dos que estão aqui nos apoiando, das lideranças e de todo o povo de São Paulo", disse Nunes em um dos momentos em que agradeceu ao apoio do governador.
"Seu nome é presente, mas o seu sobrenome é futuro. Você, Tarcísio, via poder contar sempre comigo, 24 horas por dia", repetiu o agradecimento em outro momento.
Depois de se referir ao governador, o prefeito falou ainda para Tomás Covas, filho de Bruno Covas, antes de se dirigir a Araújo. "Muito obrigada por tudo. Você tem sido um guerreiro e um exemplo para nós. Eu tenho certeza de que seu pai está aqui conosco e muito orgulhoso", declarou Nunes.
Em seguida, agradeceu ao coronel da PMSP e qualificou o companheiro de chapa como "herói" e uma "indicação preciosa" do ex-presidente Jair Bolsonaro, cuja sigla, o Partido Liberal, integra a coligação "Caminho seguro para São Paulo", junto com outras 11 legendas.
"Eu tenho certeza de que vamos trabalhar muito pela nossa cidade. E você, com toda a sua dedicação à Polícia Militar, ao trabalho no Ceagesp [Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo], vamos trazer coragem, experiência, honestidade e essa vontade de servir para a Prefeitura de São Paulo", concluiu o prefeito reeleito.
Ao longo do seu discurso, Nunes também retomou a estratégia de sua campanha de se vender como o candidato que representa as periferias de São Paulo ao relembrar a seu bairro de origem, o Capela do Socorro, na Zona Sul da cidade. "Eu sou o candidato da periferia que foi eleito prefeito. A periferia venceu. Aqui é 'nois'", disse Nunes.
O candidato foi reeleito com 59,35% ou 3.393.110 milhões de votos em números absolutos. O nome da esquerda, Guilherme Boulos (Psol), finalizou o segundo turno com 40,65% ou 2.323.901 milhões votos. A diferença entre o desempenho de ambos é de aproximadamente um milhão de votos.
Edição: Nicolau Soares