O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem como principal desafio para sua reeleição no domingo (28) mostrar para a maioria da população de que as sanções dos Estados Unidos são a raiz dos problemas no país. Essa é a opinião do historiador marxista e pesquisador do Tricontinental - Instituto para Pesquisa Social Vijay Prashad.
"Esta é uma eleição muito importante. Cada processo como este gera as suas próprias contradições. A Venezuela está sendo sufocada, estrangulada pelos Estados Unidos e isso cria problemas para as pessoas. Penso que ele [Maduro] tem feito um excelente trabalho ao percorrer o país, fazendo comícios, discursos, caminhando entre as pessoas, tentando explicar-lhes que têm de se unir contra o ataque à Venezuela", disse ao Brasil de Fato.
Nas véspera do pleito, os eleitores não têm um termômetro que ajude a saber que candidato tem mais chance de ganhar. Com resultados muito diferentes, especialistas entendem ser possível até um empate técnico neste momento, analisando as pesquisas eleitorais.
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Os números não parecem confiáveis. Hoje, alguns institutos colocam o candidato da oposição e ex-embaixador, Edmundo González Urrutia, com até 30 pontos percentuais de vantagem sobre o presidente Nicolás Maduro. Já outras, indicam vitória do candidato à reeleição com a mesma folga de 30 pontos percentuais sobre o candidato da Plataforma Unitária. São os casos das pesquisas conduzidas pela Delphos e pela Hinterlaces.
Apesar deste cenário, Prashad se mostra confiante na reeleição de Maduro. "A oposição tem um candidato de direita realmente terrível. É improvável, mesmo que o chamem de avô, é improvável que ele vá prevalecer. No 28 de julho, os socialistas vão ganhar. E vamos ver o que são capazes de fazer para acabar com as sanções e o bloqueio do governo dos Estados Unidos."
Edição: Leandro Melito