Acordo de Paz

Colômbia e ELN estendem cessar-fogo por mais uma semana

Novo acordo foi assinado em Havana e será válido até 5 de fevereiro

São Paulo (SP) |
O novo ciclo de negociações começou na terça-feira (23) - Delegação de Paz do Governo de Colômbia

O governo da Colômbia e a delegação do Exército de Libertação Nacional (ELN) assinaram, em Havana, um acordo de prorrogação do cessar-fogo por mais uma semana. Com a renovação, a trégua agora será válida até 5 de fevereiro. O último acordo expirava nesta segunda-feira (29), dia da assinatura do prolongamento.

O acordo foi firmado no sexto ciclo de diálogos de paz, que acontece na capital cubana. O documento foi divulgado pelas duas delegações e afirma que a ampliação da medida ainda será avaliada pela mesa de negociações. 


Documento de prorrogação do cessar-fogo entre o ELN e governo da Colômbia / Delegação ELN

A nova rodada de negociações começou na última terça-feira (23). De acordo com o governo colombiano, a assinatura de uma trégua foi possível por causa do ciclo anterior de debates, realizado no México em dezembro. Na ocasião, o ELN aceitou parte das propostas e se comprometeu a suspender os sequestros. 

A chefe da delegação de paz do governo da Colômbia, Vera Grabe, disse que o objetivo é “proteger as comunidades” e manter os avanços já conquistados.

O atual ciclo de diálogos de paz com o ELN começou em Caracas em novembro de 2022 e foi encabeçado pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro. As negociações com grupos guerrilheiros para reduzir os conflitos armados no país é um dos objetivos do chefe do Executivo colombiano desde que assumiu o governo em junho de 2022.  

Desde os anos 1960, foram quatro tentativas de negociações entre ELN e Colômbia: em 1975, duas nos anos 1990 e a última entre 2005 e 2007. O governo assinou em 2016 os Acordos de Paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A partir de então, o ELN e o governo colombiano estabeleceram uma mesa de diálogos para a execução de um plano de paz, interrompido no governo do direitista Iván Duque.

Edição: Matheus Alves de Almeida