Paz total

Governo da Colômbia e guerrilha ELN voltam a Cuba para discutir renovação de cessar-fogo

Trégua mais longa já firmada entre as partes até hoje começou em 3 de agosto e termina no dia 29 de janeiro

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Esta será a 6ª rodada de negociações entre o governo da Colômbia e o grupo armado - Delegación ELN

A sexta rodada de negociações de paz entre o governo da Colômbia e o ELN (Exército de Libertação Nacional) começou nesta segunda-feira (23), em Havana, com o objetivo de renovar o cessar-fogo bilateral acordado em agosto de 2023.

“Esperamos que o sexto ciclo de debates da mesa de diálogos de paz entre as delegações do governo colombiano e do ELN, iniciado hoje em Havana, propicie novos avanços no caminho do povo irmão colombiano até a paz, o que Cuba seguirá apoiando”, publicou o presidente cubano Miguel Díaz-Canel em seu perfil na rede social X.

Na capital cubana, a delegação do ELN informou que esperam “avançar e se aproximar das transformações que a Colômbia precisa”, de forma que “se concretizem as mudanças que o país exige, única possibilidade de construção de paz”. 

O senador Iván Cepeda, membro da delegação de paz do Executivo, foi citado pela imprensa local e disse que a meta, além de renovar o cessar-fogo, é “fazer com que sua prorrogação implique no cumprimento de compromissos muito sérios em relação a suspensão do sequestro e avançar na participação social e cidadã”.

Este foi o cessar-fogo mais longo já firmado entre as partes até hoje, começou em 3 de agosto e termina em 29 de janeiro, em meio a um novo ciclo de diálogo, previsto para 6 de fevereiro.

O governo colombiano quer estender o cessar-fogo e ampliar o tipo de ações proibidas. O ELN, por usa vez, afirmou que busca mais garantias de que essa medida contribuirá para melhorar as condições de vida da população civil nas regiões mais afetadas pelo conflito.

O ciclo de debates de Havana, o segundo destas negociações celebrado na capital cubana, ainda precisa avançar em outros pontos que estão em aberto, como a participação da sociedade no acordo e a elaboração e trabalho em zonas críticas.

Também foi definido que Bajo Cauca, o nordeste de Antioquia e o sul de Bolívar serão classificadas como zonas críticas, em um movimento que não houve maiores avanços no México e se espera que se retorne agora em Havana.