As forças militares de Israel admitiram ter atingido centenas de alvos na Faixa de Gaza, entre segunda (23) e terça-feira (24), incluindo um campo de refugiados à beira-mar, que abriga milhares de pessoas deslocadas. Nas últimas 24 horas, 700 pessoas morreram em decorrência desses ataques, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que classificou o episódio como uma "noite sangrenta".
Desde o início do conflito as autoridades palestinas dizem que os ataques israelenses mataram pelo menos 5.791 pessoas em Gaza e feriram mais de 16.297. Israel afirma que mais de 1,4 mil pessoas foram mortas do seu lado e mais de 5,4 mil ficaram feridas.
Nesta terça (24), a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o iminente colapso do sistema de saúde em Gaza devido à falta de combustível. Sem "combustível e suprimentos adicionais de saúde", milhares de pacientes vulneráveis em Gaza estarão em risco, disse a organização.
Trabalhadores humanitários em Gaza disseram que o combustível é extremamente necessário para fornecer cuidados de saúde e alimentar bombas de água na região. A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), disse que será forçada a interromper as suas operações na quarta-feira (25) se não receber mais combustível.
Israel tem se oposto veementemente a permitir a entrada de combustível no enclave sitiado. O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari’s, afirmou nesta terça que o governo israelense mantém sua posição, e argumentou que "o Hamas o utiliza para suas necessidades operacionais".
*Com informações do The Washington Post e Al Jazeera
Edição: Thalita Pires