O número de mortes na Faixa de Gaza ultrapassou 5 mil nesta segunda-feira (23) após a região ser atingida por centenas de ataques aéreos israelenses durante a noite. Foram mortas nos ataques 2.055 crianças e 1.119 mulheres. O total de feridos nos ataques desde o início do conflito ultrapassa 15,2 mil pessoas, de acordo com informações das autoridades palestinas.
Em Israel, mais de 1,4 mil pessoas foram mortas e mais de 5,4 mil ficaram feridas desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, reportam as autoridades israelenses.
Pelo menos 150 pessoas morreram no Hospital al-Shifa, o maior de Gaza, ou já estavam mortas ao chegar entre domingo e segunda-feira ,afirmou um médico ao jornal The Washington Post sob condição de anonimato para proteger sua segurança.
"A noite passada foi a mais violenta desde o início. Pensamos que era o início da invasão terrestre, porque é o que geralmente acontece; [as coisas ficam] intensificadas antes de uma invasão terrestre. A maioria das pessoas é morta à noite (...) porque o bombardeio de casas residenciais acontece à noite, quando estão dormindo, sem avisos prévios", disse.
Ajuda humanitária insuficiente
O porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou nesta segunda-feira (23), que apenas 54 caminhões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza até agora, número considerado insuficiente.
"Temos equipes de prontidão, bem como suprimentos prontos para serem enviados e esses itens são definitivamente necessários, incluindo suprimentos médicos. Nossas equipes em Gaza visitaram alguns dos hospitais e viram em primeira mão como a situação é difícil e desafiadora", disse o porta-voz do CICV à rede de televisão Al Jazeera.
Hospitais em Gaza afirmam que não podem continuar a funcionar sem combustível, cuja entrada permanece proibida por Israel. A Casa Branca informou que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu concordaram no domingo que haveria um "fluxo contínuo" de ajuda humanitária à região.
Edição: Thalita Pires