Solidariedade

Ajuda humanitária da Venezuela para zona de conflito em Gaza chega ao Egito

Carregamento de 30 toneladas inclui alimentos, água potável e insumos médicos; Caracas promete outros envios

Caracas (Venezuela) |
Materiais foram recebidos pelo Crescente Vermelho, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha - Cancillería Venezuela

Um carregamento de ajuda humanitária enviado pelo governo da Venezuela aos atingidos pelos ataques de Israel à Faiza de Gaza chegou nesta quarta-feira (18) no Egito.

Segundo o chanceler venezuelano, Yván Gil, a carga foi recebida no aeroporto de El Arish, localizado a cerca de 50 km da cidade de Rafah, que fica na fronteira com Gaza e tem funcionado como ponto de passagem para ajuda humanitária.

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"Essa ajuda foi coordenada através do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, o governo do Egito e funcionários do Crescente Vermelho com quem estamos coordenando para que essa ajuda possa entrar o mais rápido possível na Faixa de Gaza através desse corredor humanitário que está sendo construído", disse Gil à TV estatal venezuelana.

Um corredor humanitário a partir de Rafah vem sendo exigido por diversos países desde o inícios dos ataques. Nesta quarta-feira, o Brasil teve uma proposta de cessar-fogo rejeitada no Conselho de Segurança da ONU por conta do veto dos EUA. O plano previa a abertura de canais de assistência a civis e a retomada de serviços essenciais em Gaza.

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Horas após vetar o texto brasileiro, os EUA afirmaram que a passagem por Rafah estará aberta "até sexta-feira" (20). A promessa foi feita pelo presidente Joe Biden a bordo do Air Force One enquanto voltava a Washington após uma vista a Israel, que serviu para o democrata reafirmar o apoio incondicional ao país.

Após enviar o carregamento, Caracas voltou a condenar os ataques israelenses contra Gaza. O chanceler venezuelano disse que o país dá "total respaldo e apoio ao povo irmão palestino nessa hora difícil de crime e genocídio". 

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Segundo o Ministério da Saúda de Gaza, o número de mortos até esta quarta-feira já alcançava 3.785. As ofensivas de Israel começaram no último dia 7 de outubro após um ataque do Hamas ao território israelense.

Edição: Leandro Melito