Pesquisa da Reuters/Ipsos apontou, nesta sexta-feira (4), que metade dos eleitores republicanos não votaria em Donald Trump caso o ex-presidente dos Estados Unidos fosse condenado por algum crime.
Trump lidera as pesquisas para as eleições presidenciais que ocorrerão em 2024 nos Estados Unidos. Contudo, sua candidatura está ameaçada pelos processos que o possível candidato enfrenta.
Diante disso, a pesquisa questionou se os eleitores republicanos ainda votariam nele caso houvesse condenação em algum dos três processos que estão em andamento. Um total de 45% dos eleitores disseram que não, enquanto 35% afirmaram que manteria o voto. Os outros 20% disseram que não sabiam.
:: Eleições EUA 2024: o complicado dilema de Ron DeSantis para vencer Trump entre os Republicanos ::
Questionados se manteriam seus votos caso Trump estivesse cumprindo alguma pena na prisão, 52% dos republicanos disseram que não, enquanto 28% seguiram com seu voto no empresário.
A pesquisa ainda revelou que 75% dos eleitores acreditam no discurso de perseguição política, no qual Trump tem se apoiado, enquanto 20% discordam e os demais preferiram não opinar.
Dois terços dos republicanos (66%) afirmam não acreditar que o ex-presidente tentou intervir no último processo eleitoral do país. 20% disseram ser crível a acusação, enquanto o restante não tinha certeza.
Os entrevistados republicanos se mostraram mais propensos a reter seus votos no dia da eleição caso o candidato fosse um criminoso condenado não identificado. Caso fosse Trump, a reação seria outra. De acordo com a pesquisa, 71% dos republicanos disseram que não votariam no condenado, em comparação com 52% se fosse Trump.
Processos
Atualmente, Trump responde a três processos. Um deles são acusações federais que indicam que o ex-presidente liderou uma conspiração contra o processo eleitoral estadunidense de 2020.
O segundo processo, aberto no tribunal estadual de Nova York, trata do pagamento clandestino um mês antes da campanha de 2016, para que uma profissional do sexo com quem ele se envolveu se mantivesse em silêncio. Por fim, no terceiro processo, também no tribunal federal, ele é acusado de reter documentos confidenciais e de segurança nacional, após o seu mandato.
Edição: Rodrigo Chagas