Jair Bolsonaro (PL) foi o candidato à Presidência da República que mais recebeu doações privadas: foram quase R$ 90 milhões arrecadados, segundo levantamento feito pela Folha de S. Paulo. Ainda assim, o atual mandatário foi o primeiro a não se reeleger.
O doador que destinou o maior montante à campanha de Bolsonaro foi o empresário Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan. Foram R$ 7,4 milhões. Onetto também fez uma doação de R$ 200 mil à campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos), eleito o próximo governador de São Paulo.
Em segundo lugar aparece Frederico Gerdau Johannpeter, da empresa Gerdau, com R$ 6,9 milhões. Ele também doou R$ 3,9 milhões ao PL do Rio Grande do Sul, onde Onyx Lorenzoni perdeu a disputa, e R$ 1 milhão à campanha de Tarcísio.
Em terceiro, está o dono da calçadista Grendene, Alexandre Grendene Bartelle, que doou R$ 6,3 milhões. Seu irmão, Pedro Grendene Bartelle, doou R$ 6 milhões e está em quinto lugar no ranking dos maiores doadores.
Por fim, em quarto lugar está Salim Mattar, dono da Localiza, com R$ 6,1 milhões.
Apesar de proibir a doação de empresas, a legislação eleitoral permite a doação de pessoas físicas, o que acaba por permitir os repasses vultuosos de donos de empresas.
Polícia Federal deve ouvir Marcos Cintra sobre fake news contra urnas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal (PF) ouça em até 48 horas Marcos Cintra (União Brasil), ex-candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke, sobre a divulgação de notícias falsas que buscam deslegitimar as urnas eletrônicas.
Também neste domingo (6), Cintra teve sua conta no Twitter suspensa por “ordem judicial” de Moraes. Na decisão o ministro afirma que, além de propagar "notícias fraudulentas acerca do funcionamento das urnas eletrônicas e do processo eleitoral", Cintra fez ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Conforme se verifica, Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais", diz a decisão do ministro.
Após decisão de Gilmar Mendes, PGR irá colher depoimento de Carla Zambelli
O ministro do STF, Gilmar Mendes, autorizou à Procuradoria-Geral da República a ouvir o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) sobre o caso em que a parlamentar apontou uma arma de fogo para um homem negro, na região da Avenida Paulista, em São Paulo, um dia antes do segundo turno das eleições.
"Entendo que caberá à PGR e à deputada federal adotar os meios processuais e as soluções tecnológicas cabíveis para a colheita do depoimento, sob pena de revelia e de prosseguimento das apurações independentemente dos esclarecimentos a serem prestados pela parlamentar", decidiu Gilmar Mendes. Ainda não há uma data para o depoimento.
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Segundo o ministro, Zambelli cometeu possíveis crimes enquanto deputada, o que requer um julgamento pelo STF. "Observo que os crimes possivelmente vinculados à autoridade com foro por prerrogativa de função foram cometidos no exercício do atual mandato de parlamentar federal e em razão de discussões políticas relativas às eleições e ao posicionamento político-partidário da deputada federal", afirmou.
Edição: Vivian Virissimo