Guerra na Ucrânia

Rússia continua com ataques à instalações de energia da Ucrânia e recua de Kherson

Região de Kherson, anexada pela Rússia no final de setembro, tem evacuação de civis, enquanto Moscou mantém ataques

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Prédio residencial danificado após um ataque russo na cidade ucraniana de Zaporozhye, em 10 de outubro de 2022. - Polícia Nacional da Ucrânia / AFP

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou na última quinta-feira (3) que houve quedas de energia na Ucrânia que afetaram 4,5 milhões de pessoas. Então não havia luz em Kiev, nas regiões de Dnepropetrovsk, Zhytomyr, Zaporozhye, Kirovograd, Sumy, Kharkov, Khmelnytsky, Cherkasy e Chernihiv.

"Somente nesta noite, cerca de 4,5 milhões de consumidores foram temporariamente desconectados do consumo de acordo com os horários de emergência e estabilização", relatou Zelensky durante mensagem de vídeo em seu canal do Telegram.

Ele novamente exigiu que as autoridades locais economizassem eletricidade e explicassem aos cidadãos por que ocorrem apagões contínuos.

Anteriormente, o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, afirmou que Moscou "quer dar à Ucrânia um inverno frio". As tropas russas começaram a realizar ataques massivos à infraestrutura energética da Ucrânia a partir de 10 de outubro.  

Nesta sexta-feira (4) foi anunciado um alerta aéreo em seis regiões da Ucrânia, incluindo as regiões de Kharkov e Sumy. 

Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, afirmou que a Rússia está potencialmente pronta para se retirar da região de Kherson. Um toque de recolher que terá a duração de 24h foi anunciado na região nesta sexta-feira (4).

Na manhã de 3 de novembro, foi relatado que a bandeira russa desapareceu do prédio da administração regional da região anexada de Kherson, onde estava hasteada. Em 28 de outubro, a evacuação parcial da população civil de Kherson foi oficialmente concluída. De acordo com as autoridades designadas, das 100.000 pessoas que vivem na margem esquerda do Dnieper, mais de 70.000 pessoas foram retiradas. 

Putin anunciou na sexta-feira a necessidade de retirar os civis de Kherson da cidade. "A população civil não deve sofrer com bombardeios, com nenhuma ofensiva, contra-ofensiva e outras medidas", disse.

Edição: Arturo Hartmann