O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repudiou o atentado armado de Roberto Jefferson (PDT) contra agentes Polícia Federal (PF) que tentavam prendê-lo. Lula afirmou que os ataques de Jair Bolsonaro (PL) às instituições estimulam atos extremistas como o do pedetista e equiparou o bolsonarismo a uma "máquina de destruição".
"[Bolsonaro] conseguiu criar nesse país uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa e que espalha fake news o dia inteiro. Então eu acho que isso gera comportamento como esse do ex-deputado Roberto Jefferson", declarou.
A declaração ocorreu em entrevista coletiva no início da tarde deste domingo (23), quando as primeiras informações sobre o tiroteio começavam a circular. A PF confirmou que dois agentes foram feridos por estilhaços de um granada, mas passam bem.
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Lula afirmou ainda que espera o restabelecimento da normalidade de democrática do país e pregou o respeito a decisões judiciais. O candidato publicou uma nota de solidariedade aos agentes da PF feridos. “A democracia e a civilização vencerão a barbárie”, disse a publicação.
Na coletiva, Lula criticou ainda as ofensas contra Cármen Lúcia proferidas por Jefferson. "Há 50 anos que nós disputamos eleições nesse país. A gente nunca viu uma aberração dessa, uma ofensa dessa, uma cretinice nessa, que esse cidadão, que é o meu adversário, estabeleceu no país".
Ataque armado à PF
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) jogou uma granada e atirou contra agentes da Polícia Federal (PF) que foram à sua casa neste domingo (23) cumprir um mandado de prisão contra o ex-parlamentar a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF). Dois policiais foram feridos por estilhaços da granada e foram levados ao pronto socorro. Segundo a PF, após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem.
Na nota divulgada pela Polícia Federal, na tarde deste domingo, a corporação confirma que "a equipe da PF foi reforçada e os policiais permanecem no local com o objetivo de cumprir a determinação judicial."
Em vídeo gravado por ele dentro de casa, Jefferson monitora câmeras de segurança que mostram os policiais. Ele diz: "Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, cansei de ser vítima de arbítrio e de abuso. Infelizmente eu vou enfrentá-los".
Edição: Rodrigo Chagas