O Ministério Público do Pará (MPPA) solicitou, na terça-feira (11), à ex-ministra Damares Alves (Republicanos), eleita senadora pelo Distrito Federal, informações sobre as denúncias que fez nas redes sociais de tráfico infantil e crimes sexuais na Ilha de Marajó, no norte do estado.
No fim de semana, a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ordenou medidas para o resgate das crianças que teriam sido traficadas.
“Fomos para a Ilha do Marajó e, lá, descobrimos que nossas crianças estavam sendo traficadas. Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal. Bolsonaro disse: ‘Nós vamos atrás de todas elas’. E o inferno se levantou contra esse homem”, disse Damares Alves.
O Ministério Público, no entanto, informou por meio do ofício que até o momento “nenhum dos fatos relatados pela ex-ministra Damares Alves foi encaminhado formalmente aos promotores de Justiça que atuam na região do Marajó”.
Agora, a aliada de Bolsonaro tem até cinco dias para enviar as informações que confirmem a existência do tráfico de crianças para fins sexuais na região.
Viagem eleitoreira de Bolsonaro a Londres custou R$ 881 mil aos cofres públicos
A viagem de Jair Bolsonaro (PL) e sua comitiva à Inglaterra no mês passado custou pelo menos R$ 881 mil aos cofres públicos. O presidente aproveitou a ida ao funeral do corpo da Rainha Elizabeth para realizar atos de campanha. O atual mandatário chegou a discursar para apoiadores da embaixada brasileira em Londres.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a proibir o uso das imagens da viagem a Londres na campanha do presidente. Na decisão, o corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves, escreveu que “após poucos segundos de condolências à família real, a sacada [da embaixada] foi convertida em palanque”.
Segundo levantamento do Metrópoles feito por meio da Lei de Acesso à Informação, a maior despesa ocorreu com o aluguel de carros, cerca de R$ 475 mil
PT recebe informação de nova operação da PF contra aliados de Lula e estuda medidas
Dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) disseram à Folha de S. Paulo que receberam a informação de que aliados do ex-presidente Lula podem ser alvos de uma operação da Polícia Federal na iminência da realização do segundo turno.
“Recebemos informações de que setores do Estado aparelhados pelo bolsonarismo estariam buscando forjar fatos que justifiquem operações bizarras contra nosso campo democrático”, afirmou o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, coordenador da campanha de Fernando Haddad (PT) ao governo do estado de SP.
Ele afirmou que a sigla já está estudando "medidas judiciais para evitar essa violência contra a democracia".
Lula critica Bolsonaro por uso eleitoreiro de religião
O ex-presidente Lula acusou o presidente Jair Bolsonaro por tentar tirar proveito eleitoral de eventos religiosos e de usar o nome de Deus em vão. "Esse cidadão inclusive usa o nome de Deus em vão. E nesta semana ele foi escorraçado lá do Círio de Nazaré, tentou fazer política na procissão onde não foi convidado”, disse o petista em ato em Salvador, na Bahia.
No último fim de semana, Bolsonaro foi recebido no Pará, onde ocorre o Círio de Nazaré, com o recado da Arquidiocese de que nenhuma autoridade municipal, estadual ou federal foi convidada para o evento e que não permitiria "qualquer utilização de caráter político ou partidário".
Ernesto Araújo diz que Bolsonaro não representa os valores conservadores
O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo afirmou que o presidente Jair Bolsonaro se acomodou e não representa os valores conservadores, durante o evento Cúpula da Iberosfera, em Madri, na Espanha, que reúne lideranças da extrema-direita, na última segunda-feira (10).
"A direita se acomodou no Brasil e me parece que é isso que está se passando com Bolsonaro. É uma direita tradicional, uma direita que não combate", afirmou Araújo.
"Eu gostaria de dizer que Bolsonaro é a esperança do conservadorismo, mas não é assim. Se Bolsonaro ganhar, depois temos de ganhar Bolsonaro, para que ele volte a ser o que era. Mas a chance de ele voltar a ser o de 2018 é de 1%", afirmou.
PRF apreende R$ 2,5 milhões em dinheiro vivo e suspeita de uso eleitoral
A Polícia Rodoviária Federal do Pará apreendeu, nesta terça-feira (11), R$ 2,5 milhões em dinheiro vivo que estava sob domínio de um homem que dirigia de Brasília a Belém.
Durante a fiscalização realizada na altura de Ulianópolis, no sudeste do Pará, os policiais encontraram um documento de identificação de acesso ao Congresso Nacional. A suspeita é que o dinheiro serviria para a compra de votos.
O superintendente da PRF no estado, Diego Patriota, publicou um vídeo nas redes sociais em que afirma que o caso pode ser "a ponta de um iceberg". "A gente está em período de eleição, fica essa dúvida", afirmou.
Edição: Vivian Virissimo