Uma série de fortes explosões atingiram um aeródromo russo perto da região de Novofedorovka, na Crimeia, na tarde desta terça-feira (9). Segundo o Ministério da Defesa russo, o incidente foi causado por uma detonação de munições de aviação. Foi confirmada a morte de uma pessoa, com outras sete feridas por estilhaços, incluindo duas crianças.
Autoridades locais estabeleceram uma zona de isolamento de cinco quilômetros do local do incidente e 30 pessoas foram evacuadas de casas próximas, mas não há retirada geral na área.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, o incidente foi causado por uma violação dos requisitos de segurança contra incêndio no aeródromo, e não foram causadas por ações do exército ucraniano. A distância da base aérea russa às posições mais próximas das tropas ucranianas é de pelo menos 200 km.
Após as explosões no aeródromo, as autoridades locais anunciaram o alerta classificado como "nível amarelo de ameaça terrorista".
De acordo com o chefe da Crimeia, nomeado pela Rússia, Serguei Aksenov, este regime estará em vigor até 24 de agosto em diversos distritos da península, anexada pela Rússia em 2014.
Este foi primeiro evento turbulento no território da península da Crimeia desde o início do conflito na Ucrânia.
Reação da Ucrânia
O conselheiro chefe do presidente ucraniano, Mikhail Podolyak, afirmou que a Ucrânia não está ligada à explosão na base militar russa na Crimeia.
"É claro que não. O que nós temos a ver com isso? Talvez sejam mecanismos compensatórios para uma gestão ineficaz dentro das forças armadas da Federação Russa", disse Podolyak, respondendo à pergunta se Kiev assume a responsabilidade por essas explosões.
O Ministério da Defesa ucraniano também se manifestou afirmando que não poderia determinar a causa do incêndio e das explosões, mas alertou que a Rússia poderia usar o fato do incêndio em uma guerra de informação.
*colaborou Serguei Monin
Edição: Arturo Hartmann