Um cargueiro com bandeira de Serra Leoa com 26 mil toneladas de milho deixou o porto de Odessa em direção ao Líbano nesta segunda-feira (1º). O escoamento dos grãos ucranianos é efeito do acordo entre Rússia, Ucrânia, Turquia e ONU, alcançado em Istambul, em 22 de julho.
Após o início da operação militar russa, em 24 de fevereiro, a exportação de grãos ucranianos a serem escoados pelas rotas do Mar Negro sofreu um bloqueio nos portos marítimos. A assinatura do acordo mediado por Turquia e ONU permitirá o desbloqueio do transporte marítimo dos grãos através dos portos de Odessa, Chernomorsk e Yuzhny. A expectativa das autoridades ucranianas é que os três portos comecem a funcionar nas próximas semanas.
Como parte do acordo, foi criado um corredor de segurança para a exportação de grãos por via marítima. Representantes da Turquia e da ONU acompanharão o carregamento, e um centro de coordenação envolvendo as quatro partes do documento verificará os navios na entrada e saída no Mar Negro.
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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira (1º) que a saída do primeiro navio de carga com grãos ucranianos do porto de Odessa é um evento positivo.
"Sobre a liberação do primeiro navio, isso é muito, muito positivo. Uma boa oportunidade para testar a eficácia dos mecanismos que foram acordados nas negociações de Istambul. Vamos torcer para que todos os acordos sejam implementados por todos os lados", disse o porta-voz.
Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o evento como "um importante ponto de partida". Ele observou que o primeiro cargueiro de grãos liberado em Odessa "deve ser um dos muitos navios comerciais que trarão alívio ao mercado global de grãos".
O acerto de grãos envolvendo a Rússia e a Ucrânia foi bem celebrado pela comunidade internacional por ser um aceno de que há espaço para a diplomacia em questões de interesse mútuo, além de criar a expectativa de um alívio nos preços globais de alimentos.
Edição: Nicolau Soares
