De 2019 até 2022, só testemunhamos a destruição do Estado, a retirada de direitos dos aposentados, o crescimento das queimadas, do garimpo na Amazônia, da ampliação do uso dos agrotóxicos cada mais agressivos à saúde humana.
Também podemos destacar como política do governo do ainda presidente o incentivo aos ataques às mulheres, aos integrantes da comunidade LGBTQUIA+, aos homens e mulheres negros, às comunidades indígenas, aos pobres, aos portadores de deficiência.
Testemunhamos estarrecidos, iniciativas contra adversários políticos, em especial do PT e do PSOL alvo principal dos bolsonaristas, mas também das ameaças e xingamentos direcionados aos professores, jornalistas, funcionários públicos. Enquanto ele riu e brincou imitando o sufocamento enfrentado pelas mais de 660 mil vítimas de covid-19, que perderam seus entes queridos, as famílias dessas pessoas choraram.
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Sem ter feito nada para o bem da população brasileira, neste momento, com a proximidade das eleições, o ainda presidente se desespera. Sem ter estendido as mãos à população nenhuma vez nestes últimos quatro anos, o medo de ser preso pelos inúmeros crimes que cometeu faz com que este desgoverno prepare mais um golpe.
De forma similar, as serpentes bolsonaristas se agitam em seu ninho. Como não conseguirão trocar de pele antes do dia 2 de outubro, pois não tem como forjar outra imagem para enganar os eleitores brasileiros, calejados por todo o horror a nós imputados nos últimos quatro anos, o atual presidente conspira.
O inominável deu um tiro no pé, ao convocar diplomatas de 50 países para tentar enganá-los, com uma narrativa bem semelhante à adotada pelo ex-presidente estadunidense Donald Trump que, também desesperado por saber que perderia de Biden.
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O alerta amarelo está aceso para a possibilidade de testemunharmos um golpe contra a democracia. Precisamos protestar, ir às ruas, contra essas aberrações. Temos que nos manifestar a favor da democracia, pela qual lutamos durante 21 anos. Não vamos deixar que a democracia nos fuja às mãos.
É urgente que nos manifestemos pacificamente contra a tirania dessa necropolítica. Sempre de forma pacífica, precisamos furar a bolha e tentar defender a vida, a verdade e a empatia. Temos que dar fim ao terror, à violência, à mentira. Não queremos clubes de armas, queremos livros. Nós brasileiros, precisamos retornar à rota do futuro, à trajetória da vida e da esperança. Queremos pão na mesa, trabalho, dignidade. Vamos ouvir a nossa memória, o nosso coração.
*Jésus Lima é ex-prefeito de Betim.
**Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.
Fonte: BdF Minas Gerais
Edição: Elis Almeida
