Pressão

Campanha de Lula se reúne com Moraes e Aras para discutir segurança contra crimes de ódio

Agenda surge após morte de petista no PR e marca roteiro de ações da oposição para tentar conter ataques políticos

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Campanha de Lula cobrará ações do sistema de Justiça para garantir segurança nas eleições - Ricardo Stuckert/Divulgação

Representantes de partidos que compõem o arco de alianças da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atual pré-candidato ao Palácio do Planalto, irão se reunir na tarde desta quarta-feira (13) com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ideia é cobrar do futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ações que garantam um ambiente político mais seguro antes do pleito de outubro.

Moraes irá substituir o ministro Edson Fachin no comando da Corte eleitoral a partir de agosto. Estarão presentes na reunião lideranças das siglas PT, PSB, PCdoB, Psol, PV, Solidariedade e Rede, que integram a coligação do petista.

A agenda surge após o assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR) Marcelo Arruda, morto na noite do último sábado (9), após ter a própria festa de aniversário invadida por um apoiador de Bolsonaro que gritou palavras de ódio e alvejou o dirigente político. O crime chocou o país e vem gerando uma onda de reações.

"A função do discurso é justamente estimular alguém a algo. Bolsonaro usa seu poder de persuasão para incitar a violência, o ódio e a intolerância. O resultado disso é uma triste realidade de derramamento de sangue", disse o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos que articularam as agendas de peregrinação ao sistema de Justiça.

Ainda nesta terça-feira (12), uma outra agenda mobiliza os membros da campanha de Lula: os partidos irão se reunir com o procurador-geral da República, Augusto Aras, para pedir que o Ministério Público Federal (MPF) proponha à Justiça a federalização do caso, que neste momento está sob a competência da Polícia Civil do Paraná. O objetivo é garantir maior isenção às investigações.

(Atualizada às 15h25)

Edição: Nicolau Soares