Menos de 48 horas depois de a Petrobras ter anunciado novo aumento nos preços dos combustíveis, os novos valores já estão em vigor. A partir deste sábado (18), o preço médio da venda da gasolina para as distribuidoras passa de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%), e do diesel, de R$ 4,91 para R$ 5,61 (alta de 14,26%).
O preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, não foi alterado.
Como fica o preço na bomba?
O preço que vai atingir diretamente o bolso da população que for abastecer no posto de gasolina é variável: depende de impostos e de margens de lucro estabelecidas pelas distribuidoras e revendedoras.
A média calculada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na semana que se encerrou no último dia 11 (e, portanto, antes da nova alta), era de gasolina a R$ 7,247 e diesel a R$ 6,886.
O novo aumento
O reajuste foi definido em reunião extraordinária de quase três horas de duração do Conselho de Administração da Petrobras feita na última quinta-feira (16). Originalmente agendado para 29 de junho, o encontro que decidiu por mais um aumento nos combustíveis foi antecipado.
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A diretoria – composta por 11 conselheiros dos quais seis foram indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) – argumenta que a única forma de evitar o reajuste seria com subsídio estatal, que não é autorizado pelo governo.
Em nota, a Petrobras caracteriza como “situação desafiadora” o momento pelo qual passa o mercado global de energia, com a guerra na Ucrânia e a aceleração da recuperação econômica mundial.
Apesar de considerar “sensível” o contexto brasileiro e afirmar compreender “os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos”, a estatal anunciou que “quando há uma mudança estrutural no patamar de preços globais, é necessário que a Petrobras busque a convergência com os preços de mercado”.
Antes desse, o último aumento da gasolina foi em 11 de março. O do diesel foi no mês passado, em 10 de maio.
Edição: Raquel Setz