Após os Estados Unidos fornecerem mais US$ 700 milhões (R$ 3,54 bilhões) em armas e equipamento bélico para a Ucrânia, incluindo o lançador de mísseis High Mobility Artillery Rocket System (HIMARS), a Rússia afirmou não confiar na promessa ucraniana de não usar a arma contra seu território.
"Para confiar, deve haver experiência anterior quando tais promessas foram cumpridas. Infelizmente, essa experiência é completamente inexistente", disse o porta-voz do Kremlin, Dimitry Peskov. Ele ainda acusou os ucranianos de não respeitarem os Acordos de Minsk.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou em entrevista à rede de televisão Newsmax que os equipamentos estadunidenses não serão utilizados para atacar o solo russo, informa a agência de notícias Tass.
O HIMARS pode atingir alvos distantes até 80 quilômetros.
Com este mais novo envio de armas, o Departamento de Defesa dos EUA diz ter enviado US$ 4,6 bilhões em "assistência de segurança" para os ucranianos desde o início da invasão russa. Além do lançador de mísseis HIMARS, foram despachados mais de 6.500 sistemas de armas antitanque do tipo Javelin, 20 helicópteros Mi-17, 200 blindados M-113, mais de 7 mil armas pequenas, entre outros itens.
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"Agimos rapidamente para enviar à Ucrânia uma quantidade significativa de armamento e munição para que ela possa lutar no campo de batalha e estar na posição mais forte possível na mesa de negociações", disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em artigo no The New York Times. "É por isso que decidi que forneceremos aos ucranianos sistemas de foguetes e munições mais avançados que permitirão que eles ataquem com mais precisão os principais alvos no campo de batalha na Ucrânia."
Militares dos Estados Unidos também afirmaram ao The New York Times que o HIMARS foi fornecido aos ucranianos mediante "garantias diretas dos líderes da Ucrânia de que não o usariam contra alvos dentro do território russo".
Edição: Arturo Hartmann