Guerra

Otan pede que China condene Rússia por invasão; Ucrânia admite ficar de fora de aliança militar

Aliança militar anuncia cúpula com a presença de Biden no dia 24; já Rússia anuncia sanções ao presidente dos EUA

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Civil ucraniano se esconde na cidade de Stoyanka, oeste de Kiev - Aris Messinis / AFP

Para o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, a China deveria "condenar claramente" a invasão da Ucrânia pela Rússia. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (15), Stoltenberg afirmou que Pequim "deve se juntar ao resto do mundo" e condenar Moscou.

“A China tem a obrigação, como membro do Conselho de Segurança da ONU, de realmente apoiar e defender o direito internacional. A invasão da Ucrânia pela Rússia é uma violação flagrante do direito internacional, por isso pedimos à China que condene claramente a invasão e, claro, não apoie a Rússia”, disse o secretário-geral da aliança militar.

A Otan realizará uma cúpula extraordinária no dia 24 de março em Bruxelas, Bélgica, para discutir a guerra na Ucrânia. O evento contará com a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Stoltenberg destacou que "América do Norte e a Europa devem continuar juntas" no atual "momento crítico".

Também nesta terça, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir que a Otan faça uma zona de exclusão aérea em seu país. Com essa medida, forças militares da aliança ocidental poderiam derrubar aeronaves russas que participam da guerra na Ucrânia.

Zelensky, todavia, sinalizou que a Ucrânia não deve entrar para a Otan, uma das demandas russas para que seja alcançada a paz.

"A Ucrânia não é um membro da Otan. Entendemos isso. Durante anos, ouvimos que as portas estavam abertas, mas também ouvimos que não podíamos aderir. Essa é a verdade e precisa ser reconhecida", disse o presidente ucraniano.

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O conflito na Ucrânia já resultou em mais de 3 milhões de refugiados, segundo dados coletados pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

Rússia sanciona Biden

Moscou anunciou nesta terça-feira (15) sanções contra o presidente Joe Biden e vários altos funcionários da Casa Branca, entre os quais, o chefe da diplomacia, Antony Blinken. A lista ainda incluí nomes como Hunter Biden, filho de Biden, Hillary Clinton e em breve será expandida, sinalizou o Kremlin.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, as ações foram tomadas como "consequência inevitável do curso extremamente russofóbico seguido pelo atual governo americano”.

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Os sancionados estão proibidos de entrar em território russo. O governo russo, todavia, ressaltou que a porta está aberta para contatos oficiais e que não se opõe a manter "relações formais" e "organizar contatos de alto nível".

Edição: Arturo Hartmann