O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, visitou a Colômbia nesta semana para uma missão de inteligência "delicada", segundo informou o embaixador colombiano em Washington, Francisco Santos.
O diplomata ainda declarou que a chegada de Burns é fruto de três reuniões prévias com a CIA para esclarecer "o que está acontecendo no país".
Há dois meses a Colômbia vive a maior greve geral da sua história. O movimento conquistou a suspensão de duas reformas do governo e gerou a renúncia de dois ministros (Finanças e Relações Exteriores). Durante a paralisação nacional, 75 pessoas faleceram e mais de 300 permanecem desaparecidas, segundo levantamento de organizações de direitos humanos.
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A visita do diretor da CIA acontece logo depois que o presidente Iván Duque (Centro Democrático) sofreu um atentado quando chegava a Cúcuta, capital do estado Norte de Santander. No última sexta-feira (25), o helicóptero no qual viajava Duque, seus ministros de Defesa e do Interior, o governador do estado e o prefeito de Cúcuta recebeu seis disparos de arma de fogo.
De imediato, o governo colombiano acusou a Venezuela de estar por trás do ataque.
Uma equipe de 284 agentes está investigando o caso e no entanto, sem provas, afirmam suspeitar que ação foi promovida por guerrilheiros.
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Antes disso, no dia 15 de junho, um carro bomba havia explodido na sede do Exército da Colômbia em Cúcuta, onde também se encontram tropas estadunidenses. Ao todo 36 pessoas foram feridas e o caso continua sendo apurado.
Quem é William Burns?
O novo diretor da CIA possui mais de 30 anos de carreira diplomática, foi vice-secretário de Estado durante o governo de George W. Bush e acompanhou cinco gestões presidenciais, tanto de democratas, como de republicanos.
William Burns foi um dos defensores da invasão do Iraque, em 2003, sob justificativa da "guerra contra o terrorismo".
Nomeado como diretor da CIA por Joe Biden, no dia 18 de março, Burns também foi um dos chefes da comissão que negociou o Acordo Nuclear com o Irã, em 2015, durante a gestão Obama-Biden.
Edição: Rebeca Cavalcante
