Na última segunda-feira (17), o senador Alessandro Vieira (Cidadania) protocolou um requerimento para que a CPI da Covid quebre os sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos).
O objetivo é conseguir mapear um possível assessoramento paralelo do filho ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão na pandemia.
Ao justificar a apresentação do requerimento, o parlamentar cita o depoimento prestado à CPI pelo CEO da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. Segundo Vieira, na oitiva o executivo afirmou que “a reunião para debater detalhes de acordo de referida empresa farmacêutica com o governo contou com a presença do Sr. Carlos Bolsonaro, filho do Presidente da República e vereador no município do Rio de Janeiro”.
Em outro trecho, o senador complementa que “causa espécie o fato de um vereador ser chamado a participar e opinar em decisões que devem ser tomadas pelo governo federal, com o apoio de especialistas em saúde. Nesse sentido, é necessário esclarecer os exatos termos em que se deu sua atuação na na negociação de vacinas não só no momento da reunião aludida pelo ex-presidente da Pfizer como também em ocasiões anteriores e posteriores”.
Antes do pedido de quebra de sigilo, Vieira havia protocolado na última sexta (14) um requerimento de convocação de Carlos Bolsonaro. Na última segunda (17), os senadores Humberto Costa (PT) e Rogério Carvalho (PT) também apresentaram outra solicitação de convocação.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Mariana Pitasse