Nesta terça-feira (22), os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia escutam o ex-ministro da Cidadania e deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). Ele é considerado uma das principais lideranças frente ao “gabinete paralelo”, composto por empresários e médicos que aconselhariam o presidente Jair Bolsonaro acerca do uso de medicamentos comprovadamente ineficazes pela ciência contra a covid-19, como hidroxicloroquina e cloroquina.
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Chamado de “assessor” por Bolsonaro em vídeo amplamente divulgado na imprensa e na internet, em reunião onde se formula ações que o governo viria a encampar no combate à doença, o médico por formação seria um dos que levou ao presidente argumentos em defesa do chamado "tratamento precoce".
O deputado também é conhecido defensor da tese da "imunidade de rebanho", que preconiza que é preciso deixar o vírus se espalhar na população, ao invés de reduzir seu contágio.
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O ex-ministro afirmou, no entanto, que a existência de um “gabinete paralelo” seria uma "falácia”. "Estou muito tranquilo [com o depoimento à CPI]. Lamento apenas as distorções e as matérias que tentam me desqualificar, pinçando frases. Essa teoria de gabinete paralelo é uma falácia”, afirmou o ex-ministro à CNN. Terra também disse que nunca defendeu a imunidade de rebanho como “estratégia”.
A pedido do presidente da Câmara dos Deputados e aliado do governo, Arthur Lira (PP-AL), a convocação de Osmar Terra foi convertida em convite. Assim, o parlamentar bolsonarista poderá não comparecer ao depoimento, caso tenha algum receio dos questionamentos dos senadores.
Acompanhe a transmissão ao vivo da CPI por meio do Youtube do Brasil de Fato:
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Edição: Vivian Virissimo