Lançado no dia 1º de Maio de 2013, Dia do Trabalhador, o Brasil de Fato RJ completa oito anos neste sábado (1º) com o compromisso renovado de trazer informações com uma visão popular do Brasil e do mundo para a população fluminense. Desde o início do ano passado, devido à pandemia da covid-19, o jornal não está circulando nas ruas mas segue a todo vapor neste portal online.
A história do Brasil de Fato RJ começa de forma pioneira na mídia impressa. O Rio de Janeiro foi o primeiro a ter jornal em versão tabloide com a marca Brasil de Fato, desde que se encerrou a versão nacional em formato standart. De lá para cá, vem sendo distribuído gratuitamente nas estações de trem e metrô da Central do Brasil, Pavuna e Coelho Neto, na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.
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Para a editora do Brasil de Fato RJ, Mariana Pitasse, a mudança do formato impresso para o digital por conta da pandemia não alterou o comprometimento do veículo com as questões que dizem respeito ao cotidiano das pessoas comuns do Rio de Janeiro. Isso significa produzir notícias com uma linguagem simples e direta.
"Nenhum desses temas tem que ser difícil, pouco palatável, pelo contrário, tem que chegar a mais e mais pessoas. Esse é o nosso compromisso, independente da plataforma, seja impressa ou online”, conta Pitasse, lembrando que o foco do BdF RJ é mostrar como a política afeta a vida das pessoas além de tratar de temas relacionados aos direitos humanos e às questões sociais.
Desafio
Membro do Conselho Político do Brasil de Fato, o cientista social Rodrigo Marcelino reafirma o desafio de traduzir os temas privilegiados por uma comunicação popular e progressista para a população fluminense e brasileira. Para ele, diante da vida acelerada que aumenta o grau de atomização e individualização no mundo, o BdF RJ vem mostrando a importância da coletividade nas lutas do cotidiano.
"Fazer as pessoas entenderem que as lutas que enfrentamos são estruturais e que só podem ser resolvidas na coletividade é um desafio das organizações populares e progressistas que têm um projeto de Brasil. Foi a essa tarefa que o Brasil de Fato RJ decidiu se dedicar há oito anos, conectando pessoas para viabilizar um projeto de maiorias sociais para a população fluminense e para o povo brasileiro", explica Marcelino.
No processo de construção do jornal foram acumuladas vitórias e perdas. Em março deste ano, a equipe perdeu um dos maiores "sonhadores dessa comunicação popular", o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio, Joaquin Piñero: um pioneiro que tornou o sonho uma realidade para o estado do Rio.
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Pitasse complementa que construir o jornal e passar pelas transformações impostas não é tarefa simples.
"É importante dizer que o Brasil de Fato RJ completar oito anos não é moleza, passamos por diversos formatos, enfrentamos crises, mas sempre temos uma equipe muito comprometida em manter o jornal vivo e atuante. O Brasil de Fato RJ é fruto de muitas mãos e se tornou o que é hoje graças a todas as pessoas que se dedicaram e contribuíram para sua construção ao longo dos últimos anos”, conclui a editora.
Fonte: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister