Depois de três semanas de julgamento, o juri popular de Minneapolis condenou por unanimidade o ex-policial branco Derek Chauvin pelo assassinato de George Floyd, nesta terça-feira (20). O juiz publicará a decisão em até 8 semanas.
Em maio de 2020, Chauvin assassinou Floyd após se manter ajoelhado, por mais de 9 minutos, em seu pescoço. O crime desencadeou uma onda de protestos nos EUA, que culminaram em manifestações em diversas partes do mundo.
Durante o julgamento, a acusação insistiu na tese do homicídio premeditado de Chauvin, que tem 46 anos. A defesa do ex-policial argumentou que problemas cardíacos e o uso de drogas foram os motivos que levaram Floyd, de 49 anos, a óbito.
Após 38 depoimentos e a exibição de vídeos que mostram a mortes de Floyd por diversos ângulos, o julgamento foi encerrado na tarde de segunda-feira (19), quando os jurados se retiraram para chegar a um veredicto. A decisão foi unânime em um júri formado por seis brancos, quatro negros e duas pessoas mulirraciais.
O caso se tornou emblemático na luta contra o racismo e a violência policial nos EUA, embora a acusação não tenha usado a questão racial como central da argumentação. Ainda na manhã de segunda-feira, o presidente Joe Biden telefonou para os familiares de Floyd.
“Estou rezando para que o veredicto seja o veredicto certo. Acho que será esmagador, na minha opinião”, afirmou o presidente americano. “Só posso imaginar a ansiedade que eles estão sentindo”, encerrou.
Com receio do resultado do resultado, que poderia desencadear uma nova onda de protestos na cidade, caso Chauvin fosse absolvido, o governador de Minneapolis declarou estado de “emergência em tempos de paz”, o que autoriza o envio de reforço policial de outros estados, caso haja necessidade.
Assista: quem foi George Floyd?
Edição: Leandro Melito