Números da pandemia

Brasil volta a registrar mais de mil mortes pela covid-19 em um dia

País conseguiu manter patamares diários abaixo da marca por duas semanas; nesta quarta (30) números voltaram a crescer

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Isolamento diminuiu consideravelmente no Brasil nas últimas semanas - Tânia Rego / Agência Brasil

O número de mortes pela covid-19 registradas no Brasil entre terça (29) e quarta-feira (30) chegou a 1.041, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). As novas confirmações em 24 horas interrompem uma tendência de resultados abaixo de 1 mil, que vinha se mantendo desde 16 de setembro. O total de casos fatais no país é de 143.962.

Ainda de acordo com o Conass, a soma de pessoas que foram contaminadas pela covid, desde que o vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil, está próxima a 5 milhões. Nas últimas 24 horas, foram 32.554 novos casos confirmados, o que leva o país a um total de 4.810.076 registros. Atualmente, há quase 500 mil pacientes em tratamento.

Os resultados coincidem com os períodos em que o Brasil vem observando a sequência mais baixa nos índices de isolamento desde o início da pandemia. Segundo a empresa de tecnologia e localização Inloco, que mede o dado, desde a primeira semana de setembro o percentual gira entre 45% e 34%.

Anvisa simplifica registro de vacina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nota técnica para simplificar a análise de dados e o registro de vacinas contra a covid-19. Agora, a análise de documentação será feita em 20 dias e as exigências para admissão de novos produtos diminuíram. 

::Quando e como a vacina contra o coronavírus deve chegar ao Brasil?::

Os dados apresentados pelos fabricantes à agência serão analisados continuamente, a medida que os resultados de estudos forem gerados. No entanto, há exigência de informações sobre o status regulatório mundial do imunizante, assim como de um cronograma de submissão de documentos técnicos. 

Pandemia aumenta desemprego

O desemprego no Brasil entre maio e julho foi o maior registrado desde 2012. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação chegou a 13,8% no período. Houve aumento de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anteriore de 2 pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano passado. São mais de 13 milhões de pessoas sem trabalho

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, a população ocupada recuou para 82 milhões, o que também representa recorde para a série histórica. Em relação ao trimestre anterior, o declínio foi superior a 8%. Frente ao ano passado, houve queda de 12,3%.

::Na pandemia, 42 brasileiros lucraram mais do que todo o custo do auxílio emergencial::

Nesta quarta-feira (30), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou que 34 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe perderam o emprego por causa da pandemia. Com a covid, o bloco enfrenta uma recessão de magnitude e extensão sem precedentes, segundo a OIT.

Em todo o mundo, a região foi a mais afetada pela redução de horas de trabalho, que chegou a cair  20,9%. A média global é de cerca de 11%. Os índices de contração de emprego também foram recordes nos países latino-americanos e caribenhos, chegando a 19,3%. 

O que é o novo coronavírus?

Trata-se de uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a Síndrome Respiratória Aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.

Como ajudar quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

Edição: Rodrigo Chagas