O total de mortes causadas pelo coronavírus no Brasil desde o início da pandemia chegou a 240.940 nesta terça-feira (16). Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), em 24 horas foram confirmados 1.167 óbitos.
Ainda de acordo com o Conass, a média móvel de casos fatais, calculada a partir de todas as confirmações dos últimos sete dias, é superior a 1 mil desde 21 de janeiro.
O país só havia observado uma sequência tão longa acima desse patamar entre julho e agosto, quando os registros duraram um mês.
Somente entre segunda (15) e terça-feira (16), a soma de novos contaminados pela covid-19 chegou a 63.612. Mais de 9,9 milhões de pessoas já foram contaminadas pelo coronavírus em território nacional.
Prefeitos cobram Saúde
A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) exige que o Ministério da Saúde apresente um cronograma de prazos e metas para a imunização. Para a entidade, o país precisa priorizar a vacinação em massa "de forma inequívoca".
Em nota, a FNP afirma que a falta de doses em cidades de todo o país é consequência dos "sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à covid-19, e também na condução do Plano Nacional de Imunizações".
Os prefeitos avaliam que é urgente a elaboração de um planejamento com prazos e metas, dividido por faixa etária, doentes crônicos e categorias de profissionais. "Disso depende, inclusive, a retomada da economia, a geração de emprego e renda da população", diz o texto.
Além disso, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) informa que, em 14 de janeiro, solicitou reuniões periódicas com o Ministério da Saúde para acompanhamento da imunização nas cidades. Apesar de um acordo estabelecendo encontros a cada dez dias, nenhuma data foi marcada em um mês.
O texto critica as prioridades estabelecidas pelo governo para 2021. "Não é momento para discutir e avançar com a pauta de costumes ou regramento sobre aquisição de armas e munições. Isso é um desrespeito com a história dos mais de 239 mil mortos".
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (16), o recebimento de mais de 54 milhões de doses de vacina Coronavac contra covid-19 produzida pelo Instituto Butantan. Com outras 46 milhões de doses já contratadas do imunizante, a pasta afirma que distribuirá aos estados até setembro 100 milhões de doses da vacina. O contrato foi assinado pela Fundação Butantan na segunda-feira (15).
Também está prevista até dezembro a entrega ao país de 42,5 milhões de doses de vacinas fornecidas pelo Consórcio Covax Facility. Em contrato feito com a Fundação Oswaldo Cruz, o Ministério da Saúde deve receber mais 222,4 milhões de doses.
A pasta informa ainda que deverá assinar nos próximos dias contratos de compra com a União Química, para entrega de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, entre março e maio, e com a Precisa Medicamentos, que poderá trazer 30 milhões de doses da Covaxin.
O Ministério informa ainda que negocia com outros laboratórios para ampliar, ainda em 2021, as 364,9 milhões de doses já contratadas.
Saiba o que é o novo coronavírus
É uma vasta família de vírus que provocam enfermidades em humanos e também em animais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que tais vírus podem ocasionar, em humanos, infecções respiratórias como resfriados, entre eles a chamada “síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)”.
Também pode provocar afetações mais graves, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SRAS).
A covid-19, descoberta pela ciência mais recentemente, entre o final de 2019 e o início de 2020, é provocada pelo que se convencionou chamar de “novo coronavírus”.
Como ajudar quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo.
A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Edição: Leandro Melito