Flexibilização

São Paulo segue Rio de Janeiro e autoriza reabertura de bares e restaurantes

Decisão do prefeito Bruno Covas foi possível devido à classificação do município na fase laranja do Plano São Paulo

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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25 de março são paulo
Registro da rua 25 de Março, em São Paulo (SP), no primeiro dia de abertura do comércio de rua após mais de dois meses de portas fechadas - Nelson Almeida/AFP

A partir desta segunda-feira (6), bares, restaurantes e salões de beleza voltarão a funcionar com restrições no município de São Paulo, após o prefeito Bruno Covas (PSDB) assinar, no último sábado (4), protocolos de reabertura com representantes dos setores comerciais. A medida foi possível devido a classificação da capital paulista na fase amarela do Plano São Paulo de flexibilização gradual e heterogênea no estado. 

Além da reabertura de alguns setores, outros que já tinham voltado a funcionar poderão ampliar o horário de funcionamento de quatro para seis horas por dias, como escritórios, concessionárias e imobiliárias. 

Os protocolos assinados no sábado estabelecem as seguintes regras para a reabertura de bares e restaurantes: ocupação máxima de 40% da capacidade do estabelecimento, distância de 1,5 metro entre as pessoas e de 2 metros entre as mesas, proibição de consumo nas calçadas, atendimento somente para os clientes que permanecerem sentados, uso obrigatório de máscara, proibição de aglomeração, entre outros pontos. 

Descumprimento

No Rio de Janeiro, a decisão da Prefeitura de autorizar a abertura de bares, restaurantes, lanchonetes, academias e alguns setores do comércio, na quinta-feira (2), foi alvo de críticas nas redes sociais. 

No Twitter, o assunto mais comentado na sexta-feira (3) era "Zona Sul" em referência às fotos que circularam de bares lotados nos bairros do Leblon e da Gávea, com pessoas sem máscaras e nenhum tipo de fiscalização. Diante da presença de policiais, em alguns lugares, os clientes, aglomerados e sem máscaras, chegaram a gritar “não vou embora”, desrespeitando os protocolos.

A flexibilização das regras de isolamento, tanto pela prefeitura do Rio de Janeiro e outros municípios quanto pelas novas medidas do governador do estado Wilson Witzel (PSC), contrasta com o momento mais crítico do Rio de Janeiro. Segundo pesquisa do Observatório Fluminense da Covid-19, o estado tem a maior taxa de letalidade do Brasil, com 9%. 

Segundo o Painel Rede CoVida, que reúne dados das secretarias estaduais, municipais e do Ministério da Saúde diariamente, o Rio de Janeiro registrou 60.033 mil casos confirmados e 6.869 mil mortes por covid-19 até as 23h de domingo (5). São Paulo, por sua vez, chegou a 139.871 mil casos confirmados e 7.621 mil mortes até a mesma data.

Edição: Camila Maciel