A decisão da Prefeitura do Rio de autorizar a abertura de bares, restaurantes, lanchonetes, academias e alguns setores do comércio na última quinta-feira (2) foi alvo de críticas nas redes sociais. No Twitter, o assunto mais comentado nesta sexta-feira (3) era "Zona Sul" em referência às fotos que circularam de bares lotados nos bairros do Leblon e da Gávea - com pessoas sem máscaras e nenhum tipo de fiscalização.
O vereador Reimont (PT) disse que ficou tão surpreso que chegou a se questionar "por um segundo se as imagens eram verdadeiras". O parlamentar acusou a "inoperância da Prefeitura do Rio" como principal motivo para o que ocorreu na quinta (2). Segundo ele, a retomada não poderia ter sido realizada da forma como o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) colocou em prática.
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"É difícil acreditar que as pessoas estejam colocando suas vidas e as vidas dos outros em risco dessa forma, mas esse é o reflexo de uma política que vem minimizando a gravidade da pandemia. Quando Bolsonaro, Witzel e Crivella autorizam a abertura precoce e sem planejamento de estabelecimentos comerciais, estão dando aval para a população sair às ruas, sem respeitar o distanciamento social", criticou.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) disse, nas redes sociais, que o individualismo se somou ao "claro atentado à saúde pública, que choca qualquer cidadão responsável". "A reabertura às pressas, sem controle, com a curva crescendo, é um erro. E esse erro todos nós iremos pagar por ele", escreveu a parlamentar fluminense.
A flexibilização das regras de isolamento tanto pela prefeitura do Rio e outros municípios quanto pelas novas medidas do governador do estado Wilson Witzel (PSC) contrasta com o momento mais crítico do Rio de Janeiro. Segundo pesquisa do Observatório Fluminense da Covid-19, o estado tem a maior taxa de letalidade do Brasil, com 9%. Na quinta-feira (2), o estado atingiu 116.823 casos de covid-19 e 10.332 mortes provocadas pela doença.
Edição: Eduardo Miranda