Cerca de 2,6 milhões de pessoas servem nas forças armadas russas, segundo um estudo publicado pela URA News. Isso representa um aumento de 10% entre 2014 e 2018. O estudo analisou apenas forças de segurança estatais, não incluindo estruturas de proteção empresariais nem empresas privadas de segurança.
É significante que o aumento do número das forças de segurança ocorreu no período em que houve mudanças na legislação da idade da aposentadoria. Esse crescimento foi modelado no contexto das preparações para a reforma forçada na previdência, para reprimir potenciais protestos. Além disso, nesse mesmo momento, a Rússia expandiu sua presença militar na Síria.
É notável também, que o tamanho do aparato militar estatal não reflete o número total de forças de segurança à disposição dos capitalistas russos. Além dessas instituições, existem empresas privadas com suas próprias estruturas de segurança, como a Ferrovias Russas, a Gazprom, a Transneft entre outras. Isso sem mencionar as empresas militares privadas, as companhias de mercenários.
A expansão das agências de segurança demonstra que as autoridades russas estão fortalecendo seu controle sobre a sociedade e pressionando cada vez mais os trabalhadores. Sem o fortalecimento do aparato de repressão, os empresários russos seriam incapaz de continuar com sua política de roubos dos trabalhadores.
Para isso, os capitalistas utilizam todos os meios disponíveis, estruturas de poder estatais, exércitos privados e batalhões milicianos. Em defesa de seus interesses, trabalhadores podem e devem se opôr a essa mobilização e consolidação de poder.
*Notícia publicada originalmente no site russo ROT Front.
Edição: ROT Front