MASSACRE EM GAZA

Israel faz segundo ataque contra hospital de Gaza em poucos dias; sete pessoas morrem

Na sexta-feira (27), militares de Israel já tinham invadido a última grande instalação de saúde do norte de Gaza

São Paulo (SP) |
Imagem mostra dano causado ao hospital Al-Wafaa por ataque de Israel neste domingo (29) - OMAR AL-QATTAAAFP

Agência de Defesa Civil de Gaza afirmou que ataque de Israel contra hospital na Cidade de Gaza deixou sete mortos e vários feridos neste domingo (29). Segundo as Forças de Defesa de Israel, o Hospital Al-Wafaa já não servia mais como instalação de saúde e era usado como centro de comando e controle por militantes do Hamas.

"Antes do ataque, vários passos foram tomados para mitigar o risco de prejudicar civis e instalações civis, incluindo o uso de munição precisa, vigilância, aérea e inteligência adicional", as Forças de Defesa israelenses publicaram em informe logo após o ataque.

No entanto, o Ministério da Saúde de Gaza afirma que o hospital continuava em operação parcial e que, se não tivesse sido atingido por Israel, reabriria por completo nos próximos dias.

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Este é o segundo ataque de Israel contra hospitais de Gaza em poucos dias. Na sexta-feira (27), o Hospital Kamal Adwan, em Beit Lahyia, no norte da Faixa de Gaza, foi invadido por militares israelenses. Vários médicos, enfermeiros e o diretor da unidade, Hussam Abu Safyia, foram detidos. O jornal britânico The Guardian afirma que fontes locais informaram que a maioria dos médicos e enfermeiros foi liberada, mas que o paradeiro de Safyia permanecia desconhecido até este sábado (28). Segundo Israel, ele é suspeito de ser um "operador terrorista do Hamas" e o hospital serviria como "fortaleza terrorista".

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Organização Mundial da Saúde reage

Em comunicado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a invasão ao Hospital Kamal Adwan tirou de serviço a última instalação de saúde do norte de Gaza.

Segundo o órgão, pacientes em condições graves foram transferidos para o Hospital Indonésio, que está fora de funcionamento.

"O desmonte sistemático do sistema de saúde em Gaza é uma sentença de morte para dezenas de milhares de palestinos que precisam de assistência de saúde. O horror precisa acabar e a assistência de saúde precisa ser protegida. Cessar-fogo!", finaliza o comunicado.

  

Edição: Raquel Setz