A organização argentina Curas en Opción por los Pobres (ou Grupo de Sacerdotes em Opção pelos Pobres, em tradução livre) emitiu uma declaração na segunda-feira (10) denunciando o presidente da Argentina, Javier Milei, por gerar “fome crescente” entre a população e promovendo “a lei da selva em nome de uma falsa liberdade”.
“Há um pequeno grupo que se beneficia de alguma forma e uma imensa maioria que é prejudicada, o governo comemora o que entende como conquistas, com números sempre falsificados e fome crescente”, especificou o texto.
Um ano após a posse do governo de Milei, os sacerdotes ressaltam no comunicado que "o poder econômico concentrado” foi quem realmente ganhou. O Observatório Social da Universidade Católica da Argentina (UCA) revela que 49,9% da população está abaixo da linha da pobreza, um número 8% maior do que o registrado em 2023.
De acordo com o Observatório Social da UCA, a indigência aumentou em 76%, afetando seis milhões de argentinos.
“O Estado retirou a pouca institucionalidade que havia. Não há respeito pela dissidência, não há condenação do genocídio em Gaza, não há cuidado e proteção da Mãe Terra, não há defesa das mulheres vítimas e não há atenção à cultura. A retirada é sistemática. E grave”, destaca o comunicado dos sacerdotes argentinos.
*Com Telesur
Edição: Leandro Melito