GENOCÍDIO PALESTINO

Israel conduz 'deslocamento forçado, limpeza étnica e massacres' no norte de Gaza, dizem autoridades

Um dos maiores fornecedores militares de Israel, a Alemanha apelou pela entrada de ajuda humanitária na região

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Médico palestino leva uma criança ferida em operações militares israelenses no norte de Gaza em 21 de outubro de 2024 - Omar AL-QATTAA / AFP

O Hamas apelou à comunidade internacional nesta terça-feira (22) para que tome medidas imediatas “para pôr fim ao crime de deslocamento forçado, limpeza étnica e massacres” cometidos por Israel no norte de Gaza. O grupo palestino que governa a Faixa de Gaza afirmou que o exército israelense tem cercado escolas e hospitais e cometido "massacres contra cidadãos indefesos e deslocados", sendo responsável pela "mais hedionda operação de deslocamento forçado à vista de todo o mundo”.

O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha apelou a Israel para que permita a entrada de mais ajuda humanitária no norte de Gaza. “A situação no norte de Gaza está se tornando mais desesperada a cada dia que passa. As pessoas que vivem lá precisam urgentemente de mais ajuda humanitária”, afirmou o ministério em breve declaração publicada no X.

O ministério reiterou igualmente a necessidade de progressos nas negociações de cessar-fogo em Gaza, na sequência do assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar, na semana passada, em Gaza.

A Alemanha é um dos maiores fornecedores militares de Israel. No ano passado, aprovou exportações de armas para Israel no valor de 326,5 milhões de euros (mais de R$ 2 bi), incluindo equipamento militar e armas de guerra, um aumento de 10 vezes em relação a 2022, de acordo com dados do Ministério da Economia, que aprova as licenças de exportação.

As aprovações caíram este ano, com um valor de 14,5 milhões de euros (US$ 16,1 milhões) concedidos de janeiro a 21 de agosto.

O Parlamento Europeu considera que as práticas de Israel “constituem uma violação flagrante de todas as leis, regulamentos e normas e não teriam sido aprovadas sem o silêncio e a inação da comunidade internacional e o comportamento cúmplice da administração dos Estados Unidos”.

*Com Al Jazeera

Edição: Leandro Melito