Donald Trump, candidato republicano à presidência dos EUA, disse que é o "pai da fertilização in vitro" (FIV), nesta quarta-feira (16), em entrevista ao canal de televisão conservador Fox News.
"Quero falar da FIV. Sou o pai da FIV, então quero ouvir essa pergunta", disse na Geórgia, um estado-chave para as eleições presidenciais de 5 de novembro. "Verdadeiramente somos o partido da fertilização in vitro. Queremos a fertilização", afirmou, ao abordar os direitos reprodutivos, um dos pontos fracos de sua campanha.
A resposta de Kamala Harris, candidata democrata na corrida presidencial, foi rápida. "Do que está falando? Suas proibições ao aborto já colocaram em risco seu acesso em estados de todo o país, e sua própria plataforma poderia acabar com a FIV por completo", publicou a vice-presidente e candidata democrata no X/Twitter. Harris tem defendido os direitos reprodutivos das mulheres, inclusive o acesso ao aborto, em sua campanha.
Trump também falou sobre o direito ao aborto, um campo minado para ele, que luta para não decepcionar os mais conservadores sem alienar grande parte do eleitorado feminino. O ex-presidente disse, também na Fox, que acredita "firmemente" em exceções à proibição do aborto, como "o estupro, o incesto, o perigo à vida da mãe", mas que cada mulher "deve ouvir seu coração".
Ele procura não se opor frontalmente, mas presume ter nomeado para a Suprema Corte dos Estados Unidos os juízes que extinguiram a proteção federal do direito ao aborto em 2022, deixando nas mãos de cada estado a possibilidade de legislar localmente sobre o tema. Ele diz ser a favor que os estados decidam sobre a questão, mas reconhece que alguns são "duros demais".
Harris se arrisca na Fox News
Em busca de maior votação nos estados-pêndulo nessa reta final de campanha, Kamala Harris concederá entrevista à Fox News na noite desta quarta-feira (16). O programa escolhido foi Special Report With Bret Baier, que atrai 2,3 milhões de telespectadores de segunda a sexta.
Além disso, Harris fará um comício em Washington Crossing, ao norte da Filadélfia, na Pensilvânia, um dos sete estados-pêndulo que podem decidir o resultado das eleições.
Edição: Rodrigo Durão Coelho
