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Morre Francilene Gomes Fernandes, liderança do movimento Mães de Maio

A militante e escritora lançou, em julo deste ano, o livro “Tecendo Resistências"

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Francilene Fernandes, ativista, autora, assistente social e militante do movimento Mães de Maio - Foto: Arquivo Pessoal

Uma das lideranças do movimento Mães de Maio, Francilene Gomes Fernandes morreu neste sábado (28), após uma longa batalha contra um câncer na tireoide que se espalhou pelos ossos e pulmão.

Francilene Fernandes perdeu seu irmão, Paulo Alexandre Gomes, de 23 anos, durante o massacre dos crimes de Maio de 2006, quando as forças policiais revidaram os ataques de uma facção criminosa aos prédios e instalações dos órgãos de Segurança Pública.

Mais cedo, nos anos 1990, Juliana Gomes Fernandes, de 17 anos, irmã de Francilene foi assassinada por forças policiais. Desde então, o tema da violência policial a inquietou e Francilene passou a estudá-lo.

Em julho deste ano, a militante, autora e pesquisadora publicou o livro “Tecendo Resistências — Trincheiras contra a violência policial”, pela editora Corteza. O livro é a apresentação de sua tese de doutorado e trata da relação dos movimentos sociais com a mídia independente.

Seu mestrado, realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, na área de Serviço Social, foi uma pesquisa sobre o papel dos movimentos populares na reação e combate à violência policial.

Edição: Rodrigo Chagas