Limitações

Debate da Record: emissora endurece regras de segurança em debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo

Organização do debate limitou número de assessores no estúdio e fixou cadeiras e mesas no chão

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Debate da TV Record começa às 21h deste sábado (28) - Caroline Oliveira/Brasil de Fato

A Record encorpou o seu esquema de segurança para o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, neste sábado (28). Conforme apurou a reportagem, as equipes dos prefeitáveis tiveram que passar por revista e um detector de metais. Os candidatos foram dispensados das duas medidas de segurança.  

Antes de entrar para o debate, o candidato Gulherme Boulos (Psol) lamentou a necessidade de aumento na segurança. "É triste ver num debate político tenha virado um bang bang, um ringue de UFC."

No estúdio, onde ocorre o debate, um segurança e três assessores acompanham os candidatos. Os outros membros da equipe acompanham o debate junto aos jornalistas, num espaço separado. O uso de celulares para gravação de vídeos ou fotos pelos assessores está proibido. 

As mesas e as cadeiras também foram fixadas no chão, e os copos de vidro foram substituídos por copos de acrílico. Candidatos também concordaram em não utilizarem apelidos pejorativos para se referirem uns aos outros.

As medidas foram tomadas diante da escalada da violência física e verbal entre os candidatos ao longo dos outros debates.  

Na última segunda-feira (23), durante o debate promovido pelo FlowNews, Nahuel Medina, que integra a equipe de Pablo Marçal (PRTB), desferiu um soco contra Duda Lima, marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB). No debate deste sábado (28), Medina não estará presente, ao contrário de Duda Lima, que acompanha o atual prefeito.  

Em um outro episódio de violência, no dia 15 de deste mês, o apresentador José Luiz Datena arremessou uma cadeira contra Marçal no encontro da TV Cultura, após ser acusado de assédio sexual. 

Para o debate deste sábado, as regras incluem expulsão após quatro advertências e em caso de agressão física. Se assessores e outros integrantes das equipes dos candidatos cometerem irregularidades, os concorrentes também arcarão com as consequências, incluindo suspensão do tempo de fala nas considerações finais e até mesmo expulsão.  

Também está proibida a interrupção da fala dos candidatos por parte de outros, ação que pode causar uma punição de 30 segundos a menos nas considerações. Se a regra for quebrada três vezes, haverá a perda do direito de fala no final. Na quarta vez, haverá expulsão. 

Edição: Rodrigo Chagas