Candidata a vereadora em São Paulo, Léo Áquilla (MDB) foi alvo de um ataque a tiros na noite desta quinta-feira (26) na Zona Norte da capital.
Áquilla, que é uma mulher trans, afirmou que se tratou de um caso de “tentativa de homicídio” devido à sua atuação em defesa da comunidade LGBTQIA+. O caso está sendo investigado.
Em entrevista à TV Globo, a candidata afirmou que um motociclista armado disparou contra o seu carro na Rodovia Presidente Dutra, no Parque Novo Mundo. Ela e seu assessor não foram atingidos.
"Passou uma moto por mim, do lado direito, bateu no meu retrovisor e parou no acostamento. Levei um susto e parei imediatamente no acostamento para prestar socorro e saber se estava tudo bem. Ele veio no acostamento na contramão em direção ao meu carro. Do nada, ele chegou perto do meu carro e começou a acelerar, mas aquela aceleração ensurdecedora, um barulho muito alto. Junto, eu vi o movimento de sacar uma arma. Quando eu me abaixei, ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro”, disse a candidata.
Léo ainda falou que tem sido alvo se ameaças constantemente em decorrência de seu trabalho. Ela já foi coordenadora de políticas LGBTQIA+ da Prefeitura de São Paulo.
"Eu tenho recebido muitas ameaças porque eu combato transfobia. Eu combato lgbtfobia, eu defendo mesmo a comunidade e aí eu vivo recebendo ameaças. Eu já pedi para que as autoridades me dessem escolta e ninguém acreditou em mim. Estão esperando o quê? Que realmente me matem como quase aconteceu hoje?", completou.
Em nota divulgada em suas redes sociais, foi informado que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. “Léo está abalada no momento, mesmo assim que possível se pronunciará", diz um trecho.
O Brasil de Fato tentou contato com a candidata, mas não obteve sucesso. Assim que houver um retorno, a reportagem será atualizada.
Edição: Nathallia Fonseca