guerra cresce

Bombardeio israelense mata adolescente brasileiro e seu pai no Líbano

Apenas nesta quarta-feira (25), ataques de Israel mataram 72 pessoas no país vizinho

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Ataques aéreos israelenses no sul do Líbano: segundo o Ministério da Saúde libanês, 38 pessoas foram mortas - AFP

Foi confirmada nesta quarta-feira (25) a morte de um adolescente brasileiro no Líbano, vítima de um bombardeio israelense. O Itamaraty disse que o pai dele, de nacionalidade paraguaia, também foi morto no ataque ocorrido no Vale do Becaa, leste do país. 

A embaixada brasileira está prestando assistência para a família, originária de Foz do Iguaçu. Eles estavam na cidade de Kelya.

Os bombardeios israelenses sobre o Líbano mataram 72 pessoas apenas nesta quarta, informou o Ministério da Saúde libanês. A pasta afirmou que os "ataques aéreos israelenses" mataram 38 pessoas no sul do Líbano, 12 na região do Vale do Becaa e 22 em três municípios ao norte e ao sul de Beirute. Além disso, houve 400 feridos.

Israel começou a atacar o Líbano na semana passada, quando ocorreram centenas de explosões de pagers e walk talkies, tecnologias obsoletas escolhidas justamente para evitar interceptações. Dezenas morreram e milhares ficaram feridos nas explosões ocorridas por todo o país. 

Na segunda-feira, Israel iniciou os ataques aéreos, matando 558 pessoas e ferindo mais de 1.800, segundo as autoridades libanesas, o número mais alto em um dia desde o fim da guerra civil no país (1975-1990).

O governo israelense diz que uma nova guerra é necessária para permitir que seus cidadãos voltem para o norte de Israel, quase um ano após muitos deles terem deixado suas casas após retaliações do Hezbollah em solidariedade aos palestinos massacrados em Gaza. O Hezbollah é aliado do Hamas e vem lançando foguetes do Líbano em direção ao norte de Israel desde outubro.

O Irã, patrocinador do Hezbollah, disse, nesta quarta, que o Oriente Médio enfrenta uma "catástrofe em grande escala" e advertiu que Teerã apoiará o Líbano "por todos os meios" caso Israel intensifique sua ofensiva contra o Hezbollah.

"A região está à beira de uma catástrofe em grande escala. Se não for controlada, o mundo enfrentará consequências catastróficas", declarou o chefe da diplomacia iraniana na Organização das Nações Unidas (ONU), acrescentando que seu país "apoia o povo do Líbano por todos os meios", disse o ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araghchi. 
 

Edição: Martina Medina