Alimento saudável

No Rio de Janeiro, agricultores participam de formação em agroecologia

O objetivo do curso foi capacitar camponeses, quilombolas e assentados a partir das práticas de recuperação do solo

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

Ouça o áudio:

A programação da escola incluiu diversas oficinas práticas que abordaram temas essenciais para a agroecologia camponesa - Divulgação

Na última semana, aconteceu, no Rio de Janeiro, a primeira edição da Escola de Formação em Agroecologia e Biopoder Camponês, organizada pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Ibirapitanga. O curso foi estruturado no Quilombo Santa Justina e Santa Izabel, em Mangaratiba, e contou com a participação de cerca de 50 pessoas.

Segundo o MPA, o objetivo da formação foi capacitar camponeses, quilombolas, assentados da reforma agrária e educadores do campo a partir das práticas de recuperação da saúde do solo e produção de alimentos saudáveis. O condutor foi Sebastião Pinheiro, militante e defensor dos direitos dos camponeses, dos povos, das águas e florestas.

A programação da escola incluiu diversas oficinas práticas que abordaram temas essenciais para a agroecologia camponesa, garantindo baixo custo e alto rendimento para quem as realiza. Entre os temas tratados, foram destaque o manejo ecológico do solo, a produção de alimentos sem agrotóxicos e a conservação de sementes crioulas. 

Na oficina de manejo ecológico do solo, os participantes aprenderam técnicas para recuperação, multiplicação de microrganismos e produção de biofertilizantes - métodos essenciais para melhorar a qualidade do solo sem recorrer a produtos químicos. Uma das bandeiras que o MPA defende trata da importância de cultivar alimentos livres de agrotóxicos, beneficiando tanto a saúde humana quanto a preservação e recuperação da natureza. 

"O evento também ofereceu momentos de integração cultural e comunitária, fortalecendo laços entre as participantes e promovendo solidariedade e cooperação. As atividades culturais incluíram apresentações de música e dança, resgatando e celebrando as tradições locais. Esses momentos de confraternização ajudaram a criar um ambiente acolhedor, reforçando a importância do coletivo e da organização camponesa na luta por uma agricultura camponesa que faça frente ao agronegócio", explicaram os organizadores em nota. 

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse