E agora?

Quem é Kamala Harris, favorita à sucessão de Joe Biden como candidata à Presidência dos EUA

Ex-senadora e primeira mulher a ocupar a vice-presidência estadunidense, ela é o nome mais forte para enfrentar Trump

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Kamala Harris em discurso na Convenção Democrata que aprovou sua candidatura - Foto: Olivier Douliery/AFP

Aos 59 anos, Kamala Harris é o nome mais provável para assumir a candidatura do Partido Democrata na corrida eleitoral pela Casa Branca, sucedendo o presidente Joe Biden, que desistiu da campanha nos Estados Unidos.

Primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência estadunidense, Kamala Harris é filha de mãe indiana e pai jamaicano e tem uma longa carreira no judiciário do país. Ela foi procuradora-geral no estado da Califórnia, onde também se elegeu senadora, em 2016.

Nas eleições de 2020, era um dos nomes cotados para ser candidata à Presidência e liderou pesquisas internas dos democratas, mas desistiu após perder apoios importantes dentro do partido.

Após a desistência, o Democrata viu em Harris a possibilidade de atingir o eleitorado feminino e negro, apesar das divergências da ex-senadora com essa população, e a escolheu como vice, na chapa liderada por Joe Biden na corrida eleitoral pela Presidência, que acabou vencendo as eleições de 2020.

Contradições

Kamala se define como progressista, mas já adotou posturas criticadas pela esquerda. Segundo críticos, ela não agiu de forma suficientemente assertiva como procuradora em casos que contribuíram para prisões injustas de réus negros e pobres.

Ela também é mal avaliada pelo campo progressista em relação aos seus posicionamentos sobre a liberação do uso recreativo da maconha, a pena de morte e a imigração. Apesar de prometer eliminar os centros de detenção para imigrantes caso eleita, ela já chegou a fazer declarações desincentivando migrações aos EUA. 

Ainda assim, Kamala é a principal voz do atual governo democrata em defesa do aborto e dos direitos reprodutivos, o que promete atrair votos entre eleitores jovens caso a sua candidatura se concretize.

Edição: Martina Medina