REAJUSTE

Por poucas chuvas e altas temperaturas, Aneel aciona bandeira amarela e conta de luz deve subir em julho

Previsão de pouca água nas hidrelétricas forçará o acionamento das termelétricas, que têm custo operacional mais caro

Brasil de Fato | Recife (PE) |

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Esta é a primeira vez que o governo altera o patamar das bandeiras tarifárias desde Abril de 2022 - Samuel Pinheiro/Agência Brasil

O governo federal acionou a bandeira amarela da tarifa da energia elétrica para o mês de julho. Com esta mudança, a tarifa dever ficar R$ 1,88 mais cara a cada 100kwh. 

Esta é a primeira vez que o governo altera o patamar das bandeiras tarifárias desde abril de 2022. Desde então, a bandeira havia permanecido verde, o que indica uma situação normal no consumo de energia. 

De acordo com Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as razões para alteração foram a previsão de altas temperaturas no inverno, a "previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período". 

Segundo a Aneel, a previsão de pouca água nas hidrelétricas forçará o acionamento das termelétricas, que têm um custo operacional mais caro. Essa mudança influencia do preço final repassado ao consumidor. 

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015. Ele tem o objetivo de garantir mais transparência sobre os fatores que compôem o preço da energia no país e conscientizar o consumidor sobre o uso sustentável. 

"Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas. Antes das bandeiras, o repasse desses custos de operação era feito apenas nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.", afirmou a agência, em comunicado publicado na última sexta-feira (28). 

Em março, a Aneel reduziu em 37% o valor da bandeira amarela. A diminuição foi influenciada, na época, pelas projeções de uma oferta de água mais favorável, pela "grande oferta de energia renovável" e também pela situação do preços dos combustíveis fósseis no mercado internacional. 


 

Edição: Lucas Estanislau